Liquigás e Ultragaz: mais um veto do Cade?
ÀS SETE - No valor de 2,8 bilhões de reais, a operação é considerada complexa por causa da alta concentração de mercado em algumas regiões do País
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 06h19.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2018 às 07h11.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade ) julga nesta quarta-feira uma compra que o mercado já dá como fracassada. O tribunal do Cade decidirá sobre a aquisição da distribuidora de gás Liquigás, que pertence à Petrobras, pela Ultragaz, do Grupo Ultra, em um negócio de 2,8 bilhões de reais.
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A operação é considerada complexa por causa da alta concentração de mercado em algumas regiões do País. O negócio é importante tanto para a estatal Petrobras – que está em processo de desinvestimentos de ativos – quanto para o Ultra, que se isolaria na liderança com essa transação.
A decisão sai pouco mais de cinco meses após o Cade ter barrado outro negócio importante do grupo Ultra: a compra da rede de postos Ale pela Ipiranga. “A decisão do Cade no caso Ale e Ipiranga foi uma decisão inesperada e por conta disso o evento de Ultragás e Liquigás tem baixíssima visibilidade”, afirma Gustavo Allevato, analista do banco Santander.
A compra seria essencial para trazer um crescimento acelerado para o Grupo Ultra após os últimos anos marcados pela estagnação, por conta da crise econômica.
Nos resultados divulgados na última semana, o conglomerado apresentou uma queda de 4% no resultado operacional (Ebitda) de 2017.
O lucro ficou estável na comparação anual, em 1,57 bilhão de reais. A aquisição da Liquigás neste momento seria mais do que bem-vinda para incrementar os números.
Falta, claro, o aval do Cade. E as perspectivas não são nada alvissareiras.