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Libra tem seu 1º embarque de petróleo; Mero amplia produção

O carregamento de petróleo de Mero, que entrou em produção em novembro de 2017, em teste de longa duração, foi retirado pela Petrobras

Campo de Libra: a segunda carga, com o mesmo volume, será retirada pela sócia anglo-holandesa Shell (Bruno Domingos/Reuters)

Campo de Libra: a segunda carga, com o mesmo volume, será retirada pela sócia anglo-holandesa Shell (Bruno Domingos/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 19h23.

Rio de Janeiro - O campo de Mero, na área de Libra, primeira a ser licitada sob regime de partilha de produção, escoou seu primeiro carregamento de petróleo produzido, de 500 mil barris, disse nesta sexta-feira o gerente-executivo da Petrobras da área, Fernando Borges.

O carregamento de petróleo de Mero, que entrou em produção em novembro de 2017, em teste de longa duração, foi retirado pela Petrobras, e a segunda carga, com o mesmo volume, será retirada pela sócia anglo-holandesa Shell. Os demais sócios da área farão seus primeiros carregamentos em seguida.

Borges disse ainda, em teleconferência com jornalistas, que o consórcio de Libra --área operada pela Petrobras-- prevê dobrar a produção no campo de Mero, para 40 mil barris de petróleo por dia até o fim de fevereiro.

"Hoje a gente está em processo de iniciar injeção do gás... então está produzindo um poço de forma restringida na casa dos 20 mil barris/dia. Uma vez entrando a injeção de gás, a nossa expectativa é poder elevar a produção desse único poço até 40 mil barris/dia", disse o executivo.

Borges destacou que a unidade de produção que está operando em Mero, com capacidade para produzir 50 mil barris por dia, irá fazer testes em diversos poços. Atualmente, o poço em teste está na região onde será instalada a segunda plataforma definitiva de Mero, prevista para 2022.

A expectativa, segundo ele, é que a produção permaneça neste poço, por volta dos 40 mil bpd, por mais nove meses, até que um outro poço será testado, na região onde será instalada a primeira plataforma definitiva, prevista para 2021.

O executivo explicou que os carregamentos de petróleo produzidos em Mero ocorrerão agora rotineiramente, a cada 25 dias, enquanto a produção está no nível de 20 mil barris por dia, e cairá para a cada 12 dias, quando a produção for elevada a 40 mil barris.

A Petrobras é a operadora de Libra, com 40 por cento de participação, e tem como sócias a Shell (20 por cento), a francesa Total (20 por cento), além das chinesas CNPC (10 por cento) e CNOOC (10 por cento).

Plataformas

A petroleira brasileira anunciou na quinta-feira que iniciou o processo competitivo para a contratação do afretamento da segunda plataforma definitiva de produção do campo de Mero (Mero 2).

A plataforma será um FPSO (unidade que produz, armazena e transfere óleo e gás) com capacidade para produzir 180 mil barris por dia (bpd) de petróleo e processar 12 milhões de metros cúbicos/dia de gás.

A primeira plataforma definitiva já foi contratada com o grupo japonês Modec, em dezembro de 2017, com a mesma capacidade de produção e processamento de petróleo.

No processo competitivo para Mero 2, segundo Borges, a empresa incluiu a exigência de conteúdo local de 36 por cento a 40 por cento, considerando os mesmos índices exigidos na plataforma Mero 1, que obteve um perdão dos níveis de conteúdo local exigidos originalmente no contrato da área pela União.

O perdão ("waiver", no jargão do setor), concedido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi negociado durante um longo período, atrasando em um ano a expectativa de início da produção da plataforma para 2021.

O executivo não entrou em detalhes sobre os trâmites necessários para que a ANP conceda o mesmo "waiver" para Mero 2.

Ele disse ainda que, caso os valores obtidos na concorrência de Mero 2 sejam muito elevados, a empresa deverá buscar outras opções, com uma redução ainda maior no conteúdo local.

Após a contratação da Mero 2, a empresa vencedora terá até 39 meses para entregar a unidade no Brasil, explicou o executivo.

As empresas que poderão fazer lances serão afretadoras que possam projetar, construir e operar as plataformas. O executivo não quis citar nomes das empresas e também comentar possíveis impedimentos de algumas companhias devido ao escândalo da Lava Jato.

Mas empresas que costumam participar de licitações como essas são Modec e SBM Offshore, dentre outras.

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