Lemann investe mais US$ 82 milhões na Movile
Dona de aplicativos como iFood (delivery de comida) e PlayKids (conteúdo para crianças) já havia levantado US$ 53 milhões
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 11h43.
São Paulo - A empresa brasileira de tecnologia Movile recebeu um novo aporte de US$ 82 milhões de dois dos seus principais investidores, a Naspers Ventures e a Innova Capital - fundo de investimento em startups de Jorge Paulo Lemann , um dos fundadores da Ambev. A companhia, dona de aplicativos como iFood (delivery de comida) e PlayKids (conteúdo para crianças), já havia levantado US$ 53 milhões com os mesmos fundos em junho.
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o aporte é o segundo maior em startups brasileiras, só perdendo para os aportes de US$ 100 milhões cada feitos pela Didi Chuxing e depois pela SoftBank no aplicativo de transporte brasileiro 99, em maio deste ano.
De acordo com a Movile, o valor servirá para a empresa aumentar sua participação no iFood e melhorar a operação do serviço nos quatro países em que ele funciona.
"O mercado de delivery de comida ainda está crescendo muito até mesmo em mercados consolidados", diz o cofundador e diretor de novos negócios da Movile, Eduardo Henrique. "Vamos melhorar a experiência e divulgar a plataforma para mais pessoas."
Mas o valor não será usado somente no iFood. Parte do capital irá para outras startups do grupo, como a plataforma de venda de ingressos Sympla e o aplicativo de conteúdo para crianças PlayKids.
Mercado
A nova rodada de investimento também promete esquentar o mercado de startups, já que aquisições também estão no radar da Movile. A empresa pretende investir em empresas de tecnologia nas áreas de logística e finanças.
Para Felipe Matos, cofundador da aceleradora StartupFarm, os dois aportes dos fundos em menos de seis meses mostram a maturidade do setor. "Quando Lemann faz duas rodadas na mesma empresa é um sinal que investimento em tecnologia não é brincadeira", diz. "Não se pode mais ignorar o que está ditando o futuro."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.