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Latam diz que pode conter custos e evitar perdas no Brasil

Empresa usará o expertise da LAN na administração de redes para ajudar a conter os custos no país, disse o presidente Ignacio Cueto


	A Latam diz que pode operar de forma rentável em um mercado “inacreditavelmente caro” como o Brasil e atingir as metas de economia.
 (Jialiang Gao/Wikimedia Commons)

A Latam diz que pode operar de forma rentável em um mercado “inacreditavelmente caro” como o Brasil e atingir as metas de economia. (Jialiang Gao/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 14h13.

Santiago - A Latam Airlines Group SA, empresa aérea mais valiosa do mundo criada a partir da união entre a chilena LAN Airlines SA e a TAM SA, disse que pode operar de forma rentável em um mercado “inacreditavelmente caro” como o Brasil e atingir as metas de economia.

A Latam usará o expertise da LAN na administração de redes para ajudar a conter os custos no Brasil, disse o presidente da LAN Airlines, Ignacio Cueto. A TAM, maior empresa aérea brasileira em participação de mercado, perdeu R$ 363 milhões nos últimos 12 meses com a economia local crescendo no menor ritmo em três anos.

“Sabemos muito bem que a situação no Brasil é difícil e há uma razão para a aviação ter tido problemas para ganhar dinheiro lá nos últimos 20 anos”, disse Cueto ontem em entrevista em seu escritório em Santiago. “Para as autoridades é difícil entender o quão caro eles são. Por exemplo, os impostos sobre os combustíveis são diferentes em cada estado. Se no Chile temos duas pessoas para cuidar de combustível, no Brasil você precisa de 15.”

A economia brasileira deve crescer 1,8 por cento este ano, segundo a mais recente pesquisa do Banco Central. Isso se compara a uma expansão de 7,6 por cento em 2010, ano em que a LAN anunciou o negócio de US$ 3,3 bilhões. Empresas aéreas no Brasil estão enfrentando excesso de capacidade e custos crescentes, disse a Standard & Poor’s em relatório de 15 de agosto. Ainda assim, a Latam está “confortável” com sua habilidade para alcançar economias anuais e novas receitas de US$ 700 milhões em quatro anos, disse Cueto.

“O Brasil ainda tem uma economia forte, vai ter uma Copa do Mundo em dois anos e está crescendo”, disse ele. “Talvez não 5 por cento, mas 2 ou 3 por cento certamente vai crescer.”

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