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Kroton se prepara para potencial inadimplência de estudantes

A empresa prevê utilizar no segundo trimestre dois novos programas de financiamento estudantil privados

Sala de aula da Kroton: pagamento em dia desde o início do ano está "um pouco pior" (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2015 às 14h38.

Rio de Janeiro - A Kroton Educacional está tomando ações para evitar um potencial aumento da inadimplência diante do cenário econômico mais desafiador e de restrições ao programa de financiamento federal, disse nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia de educação, Frederico Abreu.

"Dado o cenário macroeconômico, existe um potencial de aumento da inadimplência, apesar de nos últimos meses isso não ter ocorrido, daí a estabilidade do nosso provisionamento", disse o executivo.

Segundo Abreu, a companhia está tomando medidas como unificar os processos de cobrança de Kroton e Anhanguera, empresa adquirida no ano passado, assim como adotar ações de cobrança preventiva.

"Também estamos ampliando os meios de pagamento por canais remotos, como a renegociação pela Web para alunos que quiserem renegociar dívidas", disse.

O executivo, contudo, admitiu que o pagamento em dia desde o início do ano está "um pouco pior". "Menos alunos estão pagando na data, mas não é queda relevante", disse.

A empresa também está trabalhando em planos de controle da evasão de alunos diante do ambiente de queda da renda da população e de mudanças regulatórias no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Segundo o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, essas iniciativas trarão frutos nos próximos anos, dando como exemplo o Programa Permanência, que reúne 20 projetos relacionados à retenção de estudantes.

A taxa de evasão da educação presencial da Kroton ficou em 3,6 por cento no segundo trimestre, frente a 4,5 por cento no mesmo período do ano anterior, segundo o balanço divulgado na manhã desta quarta-feira.

No caso da educação à distância, a taxa ficou em 6,7 por cento, frente a 4,4 por cento no segundo trimestre de 2014.

De acordo com o diretor financeiro da Kroton, o governo federal pagou todo o valor de recompra de Fies previsto para o segundo trimestre, assim como as pendências referentes ao período de janeiro a março.

"Hoje não temos pendências em relação ao contas a receber do Fies", disse o diretor financeiro. "Todo o saldo pendente do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) também foi pago e regularizado", completou.

Segundo o executivo, a empresa mantém os projetos de investimento deste ano, de até 7,5 por cento da receita líquida, mantendo também a meta de abrir 20 unidades ao ano.

"Não estamos obviamente abrindo mão de nenhum projeto estratégico (...). Nosso plano não foi ajustado por conta do cenário mais desafiador de 2015", disse Abreu.

De acordo com Galindo, a Kroton está verificando uma maior competição por preços de mensalidades em algumas cidades, mas, segundo ele, essa não é uma tendência estrutural do mercado.

A empresa prevê utilizar no segundo trimestre dois novos programas de financiamento estudantil privados, que preveem que o aluno pague de 30 a 50 por cento das mensalidades, financiando o restante sem juros. No primeiro trimestre, a empresa adotou programa em que o aluno pagava somente 10 por cento da mensalidade, também sem juros.

Aquisições

Galindo declarou ainda que o cenário macroeconômico mais difícil abre a possibilidade de aquisição de concorrentes, e que a Kroton está olhando empresas de educação básica, desde que estas sejam vendidas por um preço justo que "agregue valor aos acionistas da companhia".

A Kroton também está dando andamento ao processo de venda da Uniasselvi, que segundo o diretor-financeiro da empresa, está "fluindo bem" e poderá ter novidades "em breve". A Kroton foi obrigada a se desfazer deste ativo após a fusão com a Anhanguera, por exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A empresa anunciou nesta quarta-feira lucro líquido ajustado em alta de quase 80 por cento no segundo trimestre, para 513,8 milhões de reais, impulsionado pelo avanço das receitas.

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Rio de Janeiro - A Kroton Educacional está tomando ações para evitar um potencial aumento da inadimplência diante do cenário econômico mais desafiador e de restrições ao programa de financiamento federal, disse nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia de educação, Frederico Abreu.

"Dado o cenário macroeconômico, existe um potencial de aumento da inadimplência, apesar de nos últimos meses isso não ter ocorrido, daí a estabilidade do nosso provisionamento", disse o executivo.

Segundo Abreu, a companhia está tomando medidas como unificar os processos de cobrança de Kroton e Anhanguera, empresa adquirida no ano passado, assim como adotar ações de cobrança preventiva.

"Também estamos ampliando os meios de pagamento por canais remotos, como a renegociação pela Web para alunos que quiserem renegociar dívidas", disse.

O executivo, contudo, admitiu que o pagamento em dia desde o início do ano está "um pouco pior". "Menos alunos estão pagando na data, mas não é queda relevante", disse.

A empresa também está trabalhando em planos de controle da evasão de alunos diante do ambiente de queda da renda da população e de mudanças regulatórias no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Segundo o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, essas iniciativas trarão frutos nos próximos anos, dando como exemplo o Programa Permanência, que reúne 20 projetos relacionados à retenção de estudantes.

A taxa de evasão da educação presencial da Kroton ficou em 3,6 por cento no segundo trimestre, frente a 4,5 por cento no mesmo período do ano anterior, segundo o balanço divulgado na manhã desta quarta-feira.

No caso da educação à distância, a taxa ficou em 6,7 por cento, frente a 4,4 por cento no segundo trimestre de 2014.

De acordo com o diretor financeiro da Kroton, o governo federal pagou todo o valor de recompra de Fies previsto para o segundo trimestre, assim como as pendências referentes ao período de janeiro a março.

"Hoje não temos pendências em relação ao contas a receber do Fies", disse o diretor financeiro. "Todo o saldo pendente do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) também foi pago e regularizado", completou.

Segundo o executivo, a empresa mantém os projetos de investimento deste ano, de até 7,5 por cento da receita líquida, mantendo também a meta de abrir 20 unidades ao ano.

"Não estamos obviamente abrindo mão de nenhum projeto estratégico (...). Nosso plano não foi ajustado por conta do cenário mais desafiador de 2015", disse Abreu.

De acordo com Galindo, a Kroton está verificando uma maior competição por preços de mensalidades em algumas cidades, mas, segundo ele, essa não é uma tendência estrutural do mercado.

A empresa prevê utilizar no segundo trimestre dois novos programas de financiamento estudantil privados, que preveem que o aluno pague de 30 a 50 por cento das mensalidades, financiando o restante sem juros. No primeiro trimestre, a empresa adotou programa em que o aluno pagava somente 10 por cento da mensalidade, também sem juros.

Aquisições

Galindo declarou ainda que o cenário macroeconômico mais difícil abre a possibilidade de aquisição de concorrentes, e que a Kroton está olhando empresas de educação básica, desde que estas sejam vendidas por um preço justo que "agregue valor aos acionistas da companhia".

A Kroton também está dando andamento ao processo de venda da Uniasselvi, que segundo o diretor-financeiro da empresa, está "fluindo bem" e poderá ter novidades "em breve". A Kroton foi obrigada a se desfazer deste ativo após a fusão com a Anhanguera, por exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A empresa anunciou nesta quarta-feira lucro líquido ajustado em alta de quase 80 por cento no segundo trimestre, para 513,8 milhões de reais, impulsionado pelo avanço das receitas.

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