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Kroton pretende financiar aquisições com emissão de dívida

A segurança em relação ao desempenho neste ano vem do ingresso de alunos no primeiro semestre, que ficou acima das expectativas da companhia


	Rodrigo Galindo: "a captação de alunos (no primeiro semestre) de 2013 foi muito positiva e acima das nossa expectativas, estamos confortáveis em atingir e até superar (as projeções)", afirmou o presidente-executivo da empresa.
 (Édi Pereira/Divulgação)

Rodrigo Galindo: "a captação de alunos (no primeiro semestre) de 2013 foi muito positiva e acima das nossa expectativas, estamos confortáveis em atingir e até superar (as projeções)", afirmou o presidente-executivo da empresa. (Édi Pereira/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 19h18.

Rio de Janeiro - A rede de ensino privado Kroton Educacional considera a emissão de dívida para financiar suas aquisições, ao passo em que está confortável para atingir e até mesmo superar suas metas de resultados para 2013.

A segurança em relação ao desempenho neste ano vem do ingresso de alunos no primeiro semestre, que ficou acima das expectativas da companhia, disse à Reuters o presidente-executivo da Kroton, Rodrigo Galindo, nesta quarta-feira.

"A captação de alunos (no primeiro semestre) de 2013 foi muito positiva e acima das nossa expectativas, estamos confortáveis em atingir e até superar (as projeções)", afirmou. No primeiro trimestre até 15 de março, a base total de alunos cresceu 21 % ante o mesmo período de 2012.

A Kroton projeta receita líquida de 1,75 bilhão de reais em 2013, 24,5 % acima do ano passado. A expectativa é de atingir um Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de 500 milhões de reais, com margem de 28,6 %, além de um lucro líquido de 362 milhões de reais.

A Kroton dará prioridade em aquisições de instituições de grande porte voltadas para o ensino presencial e localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, segundo Galindo.

"A gente prefere ativos grandes, mas não vai pagar a mais por isso", mencionou. E caso os preços estejam distorcidos, a companhia optará por negócios menores.

Segundo Galindo, para financiar as aquisições, a empresa pretende aproveitar o espaço existente para maior alavancagem até um nível considerado confortável, de até 2,5 vezes o Ebitda. O patamar atual da dívida da empresa é de 1 vez o Ebitda projetado para 2013.

"O mais provável é que a gente consiga crescer bastante em aquisições utilizando o espaço em dívida que a companhia tem para crescer... E não em equity (emissão de novas ações)", disse ele, citando entre as opções debêntures, cédulas de crédito bancário (CCBs) ou oferta de dívida privada. A escolha do instrumento dependerá das condições do mercado.


Galindo não revelou quanto a Kroton pretende gastar na compra de novas instituições de ensino. "A gente não assumiu com o mercado nenhum compromisso sobre aquisições. A gente pode concluir 2013 sem aquisições e isso não será problema." "A gente prefere a atuação no que a gente chama de educação regulada, no ensino de graduação e pós-graduação latu sensu. A nossa prioridade é ainda em faculdades de ensino presencial... Já temos uma boa participação de mercado no ensino a distância", disse o executivo.

Cerca de 65 % da base da Kroton, quase 267 mil alunos, estão matriculados nessa modalidade, que se fortaleceu após as aquisições da Unopar, em dezembro de 2011, e da Uniasselvi, em maio passado. O objetivo agora é se concentrar no crescimento orgânico do segmento, segundo Galindo.

"Na nossa leitura estratégica, a gente vê os mercados regulados como mais estáveis, com mais segurança de crescimento (...) Como já temos muito expertise na educação regulada, é o que a gente prefere continuar olhando", completou.

Recentemente, a Abril Educação , também agressiva em aquisições, tem mostrado apetite para crescimento no ensino de escolas de línguas estrangeiras, com a compra da Wise Up, em fevereiro, e da Red Baloon, em 2012.

Os papéis da Kroton acumulam alta de 13,2 % no ano até 9 de abril. A ação da empresa não integra o Ibovespa, que tem uma queda de 8,3 % no período.

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