Fábrica da Schin em Itu: uma das 13 que agora passam às mãos da Kirin (BETO BARATA)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2011 às 15h19.
São Paulo – A Kirin, nova dona da Schincariol, é mais uma a engrossar a lista de desafiantes da AmBev no Brasil. A lista inclui ainda a holandesa Heineken e a mexicana Femsa, dona da Kaiser. E a Kirin não está para brincadeiras: a cervejaria japonesa espera elevar as vendas da Schincariol ao ritmo de 10% ao ano.
Para isso, a empresa aposta em duas estratégias. Em uma apresentação ao mercado, divulgada na noite desta segunda-feira (1/8), a companhia informa que pretende, primeiro, reforçar as marcas já existentes da Schincariol, como a Devassa e a Nova Schin.
Outra frente de trabalho será o lançamento de novos produtos, de maior valor agregado. A Kirin não esclarece, na apresentação, se esses produtos viriam de seu atual portfólio, que conta com marcas como a cerveja Ichiban e bebidas não-alcóolicas, à base de chá.
De qualquer modo, ao comprar 50,45% da Schincariol por 3,95 bilhões de reais, a Kirin já estreia no mercado brasileiro como a segunda maior cervejaria, com uma participação estimada em 15%. Os japoneses também passarão a deter 5% do mercado de bebidas não-alcóolicas, o que lhes garantirá o terceiro lugar. O negócio foi antecipado por EXAME.
A Schincariol encerrou 2010 com uma receita líquida de 2,854 bilhões de reais. Seu ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 509 milhões de reais, com lucro líquido de 54 milhões. Sua dívida líquida era de 828 milhões, segundo dados apresentados pela Kirin.