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Justiça recebe denúncia contra irmãos Schincariol

A Justiça de Assis recebeu denúncia da Procuradoria da República e abriu ação criminal contra os irmãos Fernando Machado Schincariol e Caetano Schincariol Filho

Fábrica da Schincariol: informações foram divulgadas no site do Ministério Público Federal (Lia Lubambo/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 19h10.

São Paulo - A Justiça Federal em Assis (SP) recebeu denúncia da Procuradoria da República e abriu ação criminal contra os irmãos Fernando Machado Schincariol e Caetano Schincariol Filho - proprietários da Cervejaria Malta - por organização criminosa, falsidade ideológica, fraude processual e sonegação de tributos que totalizam cerca de R$ 2 bilhões.

As informações foram divulgadas no site do Ministério Público Federal.

Por ordem da Justiça Federal, os irmãos Fernando Machado Schincariol e Caetano Schincariol Filho - proprietários da Cervejaria Malta - estão presos preventivamente desde maio deste ano. Marcos Oldack Silva está preso desde 7 de junho.

Outros quatro acusados - o advogado Mauro Henrique Alves Pereira, o contador Marcos Oldack Silva, o ex-policial militar Edson de Lima Fiúza e a empresária Roberta Silva Chacon Pereira - também responderão pelos mesmos crimes atribuídos aos Schincariol.

A denúncia contra os irmãos Schincariol foi recebida pelo juiz federal Luciano Tertuliano da Silva. Segundo a denúncia, os réus "montaram uma organização criminosa estável por mais de 10 anos".

O grupo, segundo o Ministério Público Federal, agia por meio de diferentes artifícios. "Recentes sentenças em processos de reclamações trabalhistas reconheceram a 'associação' da Cervejaria Malta a outras quatro empresas de 'fachada', as distribuidoras de bebidas Oeste Beer, Corner Beer, VMX e a transportadora COC, que se sucediam frequentemente, trocando empregados entre si, para deixar de assumir obrigações trabalhistas."

Segundo a acusação da Procuradoria da República, as empresas de 'fachada' e os demais envolvidos circulavam valores pela venda das bebidas produzidas pela Malta, como forma de driblar o necessário pagamento do passivo tributário bilionário da cervejaria.

A frota de veículos também era passada de uma empresa a outra, uma vez que a companhia tinha ordem para se desfazer de bens móveis e as contas bloqueadas para pagar dívidas por causa das autuações constantes do Fisco e das correspondentes condenações penais e fiscais, o que já rendeu uma outra condenação à empresa. A cervejaria Malta tem, por exemplo, 26 execuções fiscais em andamento.

"Os réus montaram harmoniosa e estruturada organização voltada a propiciar à Cervejaria Malta mecanismos patrimoniais e financeiros à continuidade de suas atividades, com finalidade específica de cometimento de crimes", sustentam os procuradores da República Célio Vieira da Silva e Diego Fajardo Maranha Leão de Souza, autores da denúncia.

A reportagem encaminhou e-mail para a assessoria da Cervejaria Malta, mas ainda não obteve retorno.

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As informações foram divulgadas no site do Ministério Público Federal.

Por ordem da Justiça Federal, os irmãos Fernando Machado Schincariol e Caetano Schincariol Filho - proprietários da Cervejaria Malta - estão presos preventivamente desde maio deste ano. Marcos Oldack Silva está preso desde 7 de junho.

Outros quatro acusados - o advogado Mauro Henrique Alves Pereira, o contador Marcos Oldack Silva, o ex-policial militar Edson de Lima Fiúza e a empresária Roberta Silva Chacon Pereira - também responderão pelos mesmos crimes atribuídos aos Schincariol.

A denúncia contra os irmãos Schincariol foi recebida pelo juiz federal Luciano Tertuliano da Silva. Segundo a denúncia, os réus "montaram uma organização criminosa estável por mais de 10 anos".

O grupo, segundo o Ministério Público Federal, agia por meio de diferentes artifícios. "Recentes sentenças em processos de reclamações trabalhistas reconheceram a 'associação' da Cervejaria Malta a outras quatro empresas de 'fachada', as distribuidoras de bebidas Oeste Beer, Corner Beer, VMX e a transportadora COC, que se sucediam frequentemente, trocando empregados entre si, para deixar de assumir obrigações trabalhistas."

Segundo a acusação da Procuradoria da República, as empresas de 'fachada' e os demais envolvidos circulavam valores pela venda das bebidas produzidas pela Malta, como forma de driblar o necessário pagamento do passivo tributário bilionário da cervejaria.

A frota de veículos também era passada de uma empresa a outra, uma vez que a companhia tinha ordem para se desfazer de bens móveis e as contas bloqueadas para pagar dívidas por causa das autuações constantes do Fisco e das correspondentes condenações penais e fiscais, o que já rendeu uma outra condenação à empresa. A cervejaria Malta tem, por exemplo, 26 execuções fiscais em andamento.

"Os réus montaram harmoniosa e estruturada organização voltada a propiciar à Cervejaria Malta mecanismos patrimoniais e financeiros à continuidade de suas atividades, com finalidade específica de cometimento de crimes", sustentam os procuradores da República Célio Vieira da Silva e Diego Fajardo Maranha Leão de Souza, autores da denúncia.

A reportagem encaminhou e-mail para a assessoria da Cervejaria Malta, mas ainda não obteve retorno.

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