Mariana: O rompimento das barragens em 2015 matou até 19 pessoas e poluiu vias navegáveis em dois estados (Douglas Magno/AFP Photo/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2017 às 18h03.
Rio de Janeiro - O juiz federal Jacques de Queiroz Ferreira negou um pedido de promotores para que empresas e pessoas que enfrentam acusações criminais relacionadas ao rompimento de barragem da Samarco paguem garantias financeiras enquanto o caso está sendo julgado, de acordo com documentos judiciais obtidos pela Bloomberg.
A joint venture Samarco Mineração e seus proprietários BHP Billiton e Vale não terão de pagar uma garantia de R$ 20 bilhões enquanto o caso está sendo julgado e os danos finais estão sendo calculados, mostram os documentos.
O juiz também decidiu que os indivíduos não são obrigados a pagar quaisquer garantias financeiras ou serem sujeitos a restrições de viagem, como a apreensão do passaporte.
Procuradores federais apresentaram acusações criminais, incluindo a de homicídios, contra 21 pessoas ligadas aos operadores e proprietários da mina de minério de ferro, acusando também os réus de uma série de crimes ambientais.
O rompimento das barragens de rejeitos em novembro de 2015 matou até 19 pessoas e poluiu vias navegáveis em dois estados.
Entre os indivíduos acusados estão o chefe de minério de ferro da Vale, Peter Poppinga, e o presidente-executivo da Samarco no momento do incidente, Ricardo Vescovi.