José Mauro Coelho é eleito novo presidente da Petrobras
Coelho fez carreira na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de onde saiu após 12 anos para assumir a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de abril de 2022 às 13h48.
Última atualização em 14 de abril de 2022 às 13h55.
O Conselho de Administração da Petrobras elegeu nesta quinta-feira, 14, o engenheiro José Mauro Coelho para a presidência da companhia, em substituição ao general Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A empresa divulgou que a cerimônia de posse foi marcada para as 15h de hoje.
Formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e com doutorado em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Coelho fez carreira na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de onde saiu após 12 anos para assumir a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.
Coelho já havia sido eleito, na noite desta quarta-feira, 13, para o Conselho de Administração da Petrobras, durante uma longa e tumultuada Assembleia Geral Ordinária (AGO). Sua eleição para o conselho fazia parte do rito de aprovação do presidente executivo da empresa. O Conselho de Administração da Petrobras tem 11 integrantes.
Como é a eleição dos conselheiros
Atualmente, o Conselho de Administração da Petrobras é formado por 11 cadeiras. Pelas regras da estatal, há três votações em separado para eleger os conselheiros. Os acionistas com papéis preferenciais têm direito a um assento e os detentores de ações ordinárias têm outro.
Neste sistema de voto em separado, o atual conselheiro Marcelo Mesquita foi reeleito representante dos preferencialistas. Francisco Petros, que já foi conselheiro da estatal, vai representar os ordinaristas. O mandato dos dois vai até 2024.
Os funcionários elegem um representante no conselho. As oito vagas restantes são escolhidas pelo chamado sistema de voto múltiplo ou em conjunto. O acionista com mais de 5% das ações tem o direito, segundo a lei, de pedir o uso desse mecanismo.
Nesse caso, a União indicou oito nomes e os minoritários, dois nomes adicionais, ainda antes da assembleia. Durante a reunião, os fundos de investimentos indicaram mais dois nomes. Assim, foram eleitos os que tiverem mais votos absolutos, o que levou o governo a perder uma das sete cadeiras que tinha até ontem.
Pelo sistema de voto múltiplo, José Abdalla Filho e Marcelo Gasparino, indicados pelos acionistas minoritários, foram eleitos conselheiros. Gasparino, atual membro do conselho, e Abdalla já havia tentado no passado sem sucesso.
Entre os indicados pela União, os acionistas elegeram José Mauro Ferreira Coelho (que será confirmado presidente da estatal pelo novo conselho nesta quinta-feira),
Márcio Andrade Weber (indicado pelo governo para presidir o conselho após Rodolfo Landim, presidente do Clube de Regatas do Flamengo, ter desistido), Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Murilo Marroquim de Souza, Luiz Henrique Caroli e Ruy Flaks Schneider.