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Johnson’s troca plástico por papel nos cotonetes

A troca das hastes de plástico por tubinhos de papelão pode diminuir sensivelmente a poluição nos oceanos

Johnson & Johnson adotará tubinhos de papel biodegradável, medida anunciada no ano passado pela empresa farmacêutica americana (iStock/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 11h09.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2017 às 11h43.

Boa parte do plástico que jogamos no lixo acaba no oceano. É tanto material descartável que as correntes marítimas do Pacífico fizeram o favor de varrer tudo para um canto só: há 100 milhões de toneladas de garrafas e embalagens concentradas em uma região de mar aberto de 700 mil km2 — duas vezes a área dos EUA — à leste do litoral da Califórnia.

O valor é só uma boa estimativa feita pelo oceanógrafo Charles Moore, que tropeçou na camada concentrada de lixo flutuante, com dez metros de espessura, em 1999 — 14 anos depois de sua presença ter sido detectada, entre 1985 e 1988, por pesquisadores de órgãos públicos americanos.

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Pior: o plástico é uma espécie de esponja de poluição, e qualquer substância tóxica derramada no oceano entra na cadeia alimentar e volta para o ser humano eventualmente. Um tiro no pé que ocorre até no banheiro. Segundo a Marine Conservation Society (em português, “Sociedade de Conservação Marinha”), os cotonetes foram a sexta forma de poluição mais encontrada nas praias britânicas em 2016.

Boa parte dos cotonetes usados na Europa são jogados na privada depois de usados. O algodão e a cera de ouvido vão embora, mas a haste de plástico azul resiste e acaba no mar.

A opção é usar tubinhos de papel biodegradável, medida anunciada no ano passado pela empresa farmacêutica americana Johnson & Johnson – a maior fabricante de hastes flexíveis com pontas de algodão, a ponto de o nome de sua haste flexível com ponta de algodão, o Cotonete, ter batizado todos os cotonetes.

Enfim. Os primeiros cotonetes ecológicos começaram a chegar a lojas da Inglaterra no começo do mês, e logo vão dominar o mundo. “O tempo que vai demorar para os cotonetes de papel estarem disponíveis em países e regiões específicas vai variar”, explicou Carol Goodrich, da Johnson’s, à SUPER. “Mas nós queremos completar a transição até o final deste ano.”

Até lá, não precisa ficar de ouvido sujo — basta jogar o cotonete no lixo seco, e não no encanamento.

A medida vem no encalço de uma campanha ecológica inusitada: a #SwitchTheStick (em português, algo como #TroqueOPalito), que no final do ano passado pressionou os nove maiores varejistas do Reino Unido a não aceitarem cotonetes feitos de plástico.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Superinteressante.

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