JetSmart quer ser aérea de baixo custo de toda América do Sul
A companhia também opera vôos internacionais para o Peru e Argentina e iniciou vôos domésticos na Argentina há duas semanas, mas ainda não está no Brasil
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2019 às 08h00.
Última atualização em 23 de outubro de 2019 às 17h04.
Semanas depois de iniciar vôos domésticos em uma Argentina em crise, a JetSmart , companhia aérea de baixo custo de Santiago, negou notícia de que poderia disputar ativos da Avianca Brasil, afirmando que sua expansão para o resto da região seria gradual.
"Nosso objetivo de longo prazo é bastante simples: queremos ser o operador de custo ultrabaixo da América do Sul", disse o diretor executivo Estuardo Ortiz em entrevista em Santiago. Ele negou reportagem do Valor de que a empresa e a Qatar Airways estavam considerando propostas para os ativos da Avianca Brasil.
A JetSmart, de propriedade integral da empresa de private equity de Phoenix, Arizona, Indigo Partners, iniciou suas operações no Chile em 2016 e agora controla pouco mais de 16% do mercado doméstico e transportou mais de três milhões de passageiros, disse Ortiz. O crescimento não vem à custa dos rivais locais Latam ou Sky Airline, mas sim atraindo mais pessoas a voar em vez de viajar de ônibus.
"Todos os nossos rivais também viram um salto no número de passageiros domésticos", disse Ortiz. O total de passageiros domésticos saltou 46% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior no Chile, com a JetSmart observando um salto de 120% no tráfego.
A companhia também opera vôos internacionais para o Peru e Argentina e iniciou vôos domésticos na Argentina há duas semanas. A empresa planeja permanecer no país vizinho, apesar da inflação alta e da desaceleração econômica. Os argentinos voam menos de um terço do que os chilenos, então o potencial é enorme, disse Ortiz.
A expansão também foi influenciada pela decisão do governo em 2018 de permitir às operadoras usar o aeroporto El Palomar, anteriormente base militar, como hub de baixo custo.
"Nós sabíamos que, apesar das condições do mercado, era o momento certo" para entrar na Argentina, disse Ortiz. "Vai ser um investimento a longo prazo e pode levar cinco, seis ou sete anos para ter uma forte operação lá."