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James Murdoch culpa editor e advogado em caso de escutas

O filho do magnata Rupert Murdoch culpou Colin Myler, o último editor do tablóide Sunday, por ter dado a ele informações incompletas

Foi revelado este ano que o News of the World executou uma operação em escala industrial para rastrear telefones de vítimas de assassinato, celebridades e políticos (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2011 às 13h30.

Londres - James Murdoch tentou jogar a culpa em seus ex-colegas do News of the World nesta quinta-feira para tentar sobreviver à segunda audiência perante parlamentares britânicos sobre o escândalo de rastreamento de telefones e manter seu cargo no império de mídia do pai.

Murdoch culpou Colin Myler, o último editor do tablóide Sunday, agora extinto, por ter dado a ele informações incompletas, e acusou o ex-chefe do departamento legal do jornal Tom Crone de enganar a comissão que investiga o caso.

"Este foi o trabalho do novo editor que havia entrado ... para limpar as coisas, para me deixar ciente dessas coisas", disse Murdoch, aparentando confiança durante o interrogatório dos parlamentares, mesmo quando comparado pelo deputado Tom Watson a um chefe da máfia.

Ele também disse que Crone havia ordenado a vigilância de figuras públicas pelo News of the World -- revelações que prejudicaram ainda mais a empresa esta semana.

Foi revelado este ano que o News of the World, de propriedade da News Corp, executou uma operação em escala industrial para rastrear telefones de vítimas de assassinato, incluindo a estudante Milly Dowler, celebridades e políticos.

Anteriormente, a News Corp havia dito que o rastreamento foi obra de um repórter solitário, Clive Goodman, e do detetive particular Glenn Mulcaire. Ambos foram presos pelo crime em 2007.

Em 2008, James Murdoch aprovou um pagamento de cerca de 750.000 libras (1,2 milhão de dólares) para uma vítima de rastreamento, o chefe de uma equipe de futebol Gordon Taylor, que tinha em sua posse um e-mail de transcrições de rastreamento que pareciam mostrar que a invasão não era apenas uma ação de Goodman.

James Murdoch reiterou aos deputados nesta quinta-feira que havia aprovado o elevado pagamento apenas porque estava seguindo um conselho legal, e não porque soubesse que o e-mail poderia implicar outros jornalistas.

Ele repetiu ainda que Myler e Crone não lhe tinham mostrado o e-mail e negou que tenha enganado o parlamento em seu depoimento anterior.


James Murdoch adotou um tom mais contrito do que em sua aparição anterior perante a comissão, com seu pai, Rupert, em julho.

"É uma questão de grande pesar que as coisas tenham dado errado no News of the World em 2006. A empresa não enfrentou essas questões com rapidez suficiente", disse ele.

James Murdoch foi levado para o News International após a data do último rastreamento, mas foi acusado de não ter feito os questionamentos corretos e, possivelmente, de participar de um grande encobrimento da empresa.

Atualmente ele é vice-presidente de operações da News Corp, responsável por todos os negócios fora dos EUA, e era cotado até recentemente para assumir mais cedo ou mais tarde o posto de seu pai, o presidente-executivo Rupert Murdoch.

Ele ainda é presidente do conselho da News International, jornal britânico da News Corp.

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Londres - James Murdoch tentou jogar a culpa em seus ex-colegas do News of the World nesta quinta-feira para tentar sobreviver à segunda audiência perante parlamentares britânicos sobre o escândalo de rastreamento de telefones e manter seu cargo no império de mídia do pai.

Murdoch culpou Colin Myler, o último editor do tablóide Sunday, agora extinto, por ter dado a ele informações incompletas, e acusou o ex-chefe do departamento legal do jornal Tom Crone de enganar a comissão que investiga o caso.

"Este foi o trabalho do novo editor que havia entrado ... para limpar as coisas, para me deixar ciente dessas coisas", disse Murdoch, aparentando confiança durante o interrogatório dos parlamentares, mesmo quando comparado pelo deputado Tom Watson a um chefe da máfia.

Ele também disse que Crone havia ordenado a vigilância de figuras públicas pelo News of the World -- revelações que prejudicaram ainda mais a empresa esta semana.

Foi revelado este ano que o News of the World, de propriedade da News Corp, executou uma operação em escala industrial para rastrear telefones de vítimas de assassinato, incluindo a estudante Milly Dowler, celebridades e políticos.

Anteriormente, a News Corp havia dito que o rastreamento foi obra de um repórter solitário, Clive Goodman, e do detetive particular Glenn Mulcaire. Ambos foram presos pelo crime em 2007.

Em 2008, James Murdoch aprovou um pagamento de cerca de 750.000 libras (1,2 milhão de dólares) para uma vítima de rastreamento, o chefe de uma equipe de futebol Gordon Taylor, que tinha em sua posse um e-mail de transcrições de rastreamento que pareciam mostrar que a invasão não era apenas uma ação de Goodman.

James Murdoch reiterou aos deputados nesta quinta-feira que havia aprovado o elevado pagamento apenas porque estava seguindo um conselho legal, e não porque soubesse que o e-mail poderia implicar outros jornalistas.

Ele repetiu ainda que Myler e Crone não lhe tinham mostrado o e-mail e negou que tenha enganado o parlamento em seu depoimento anterior.


James Murdoch adotou um tom mais contrito do que em sua aparição anterior perante a comissão, com seu pai, Rupert, em julho.

"É uma questão de grande pesar que as coisas tenham dado errado no News of the World em 2006. A empresa não enfrentou essas questões com rapidez suficiente", disse ele.

James Murdoch foi levado para o News International após a data do último rastreamento, mas foi acusado de não ter feito os questionamentos corretos e, possivelmente, de participar de um grande encobrimento da empresa.

Atualmente ele é vice-presidente de operações da News Corp, responsável por todos os negócios fora dos EUA, e era cotado até recentemente para assumir mais cedo ou mais tarde o posto de seu pai, o presidente-executivo Rupert Murdoch.

Ele ainda é presidente do conselho da News International, jornal britânico da News Corp.

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