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Itaú Unibanco prevê melhora no 2º semestre, mas ações caem

O maior banco privado do país anunciou nesta quarta-feira que seu lucro recorrente do primeiro trimestre foi quase 20 por cento maior ano a ano

Itaú: as provisões para perdas com inadimplência no segundo trimestre devem ficar em níveis próximos aos realizados de janeiro a março (Reprodução/Wikimedia Commons)

Itaú: as provisões para perdas com inadimplência no segundo trimestre devem ficar em níveis próximos aos realizados de janeiro a março (Reprodução/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 14h49.

São Paulo - O Itaú Unibanco superou estimativas do mercado para o lucro do primeiro trimestre e previu melhora do crédito e queda adicional das provisões para perdas com calotes ao longo do ano, mas as ações caíam na bolsa com analistas avaliando que o banco não foi tão melhor que seus rivais quanto se esperava.

O maior banco privado do país anunciou nesta quarta-feira que seu lucro recorrente do primeiro trimestre foi quase 20 por cento maior ano a ano, apoiado em menores provisões para inadimplência e despesas administrativas controladas.

A jornalistas, o diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, Marcelo Kopel, previu que a originação de crédito deve ganhar tração na segunda metade do ano, superando o volume de amortizações de operações vincendas.

Além disso, as provisões para perdas com inadimplência no segundo trimestre devem ficar em níveis próximos aos realizados de janeiro a março, mas tendem a cair em seguida, disse.

A ação preferencial do banco, que chegou a abrir o pregão em alta, logo reverteu o movimento e às 13h20 tinha queda de 1,35 por cento, um destaque negativo do Ibovespa, que recuava 0,78 por cento.

Analistas elogiaram o lucro acima do consenso do mercado. Por outro lado, consideraram a queda na margem financeira maior que a esperada. Adicionalmente, observaram que o recuo nas provisões para calotes poderia ter sido maior.

"O que veio fraco em relação a nossas estimativas foi a margem financeira líquida pior que a esperada, principalmente em função de uma forte contração dos empréstimos e de um nível mais elevado de impairments (baixa contábil de ativos financeiros), afirmou o Credit Suisse em nota a clientes.

Também em relatório, analistas do BTG Pactual também notaram o lucro acima do previsto, "mas a queda da margem e a piora da inadimplência em grandes empresas tiram um pouco do brilho do resultado".

E o BB Investimentos apontou que em termos anualizados a provisão para inadimplência do trimestre está em nível acima do previsto para todo o ano de 2017.

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