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Itaú Unibanco busca novos nichos para expansão de banco comercial

Empresas de tecnologia e clientes de menor porte no agronegócio são público-alvo

Novos clientes: estratégia do Itaú ocorre em um momento em que a concessão de empréstimos para grandes empresas encolhe em meio à lenta recuperação econômica (Sergio Moraes/Reuters)

Novos clientes: estratégia do Itaú ocorre em um momento em que a concessão de empréstimos para grandes empresas encolhe em meio à lenta recuperação econômica (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2019 às 14h24.

São Paulo — O Itaú Unibanco planeja expandir sua unidade de banco comercial buscando novos nichos de negócios, como empresas de tecnologia e clientes de menor porte no agronegócio, disse um executivo nesta quinta-feira.

A estratégia do Itaú para atrair novos clientes ocorre em um momento em que a concessão de empréstimos para grandes empresas encolhe em meio à lenta recuperação econômica do país.

O banco pretende expandir seus serviços para os produtores rurais, apostando que as baixas taxas de juros de referência e cortes nos subsídios do governo deixarão espaço para mais crédito e produtos financeiros do setor privado.

O diretor executivo comercial, Flavio Souza, disse em uma entrevista à Reuters que o Itaú tem como alvo até 5 mil produtores rurais, com vendas anuais acima de 5 milhões de reais. Anteriormente, o banco se concentrava em agricultores com faturamento acima de 30 milhões de reais.

O banco fornece atualmente produtos financeiros, como derivativos e empréstimos, para 350 produtores rurais.

O estoque de empréstimos para os agricultores no Brasil ultrapassou os 250 bilhões de reais em abril, de acordo com o Banco Central.

O Itaú também formou um grupo de executivos para estudar empresas de tecnologia e entender suas necessidades, disse ele. Souza assumiu o comando da unidade de commercial banking do Itau BBA em janeiro.

"As empresas de tecnologia trabalham de maneira muito diferente. Geralmente elas não têm resultados tão fortes, mas isso não significa que o banco não possa fornecer serviços para elas", disse Souza. "Devemos estar perto deles porque elas vão crescer, listar suas ações e atrair investidores no futuro."

O banco também pode criar grupos para apoiar empresas em novos nichos no futuro próximo, acrescentou.

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