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Itaú negocia operações do Citi com exclusividade, diz fonte

O Itaú teria obtido o direito de negociar com exclusividade as operações do Citi no Brasil, segundo fontes


	Citibank: banco quer fechar venda até o fim do mês, e a expectativa é que o anúncio do negócio seja feito em breve
 (REUTERS/Keith Bedford/Files)

Citibank: banco quer fechar venda até o fim do mês, e a expectativa é que o anúncio do negócio seja feito em breve (REUTERS/Keith Bedford/Files)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 07h39.

São Paulo - O Itaú Unibanco estaria negociando com exclusividade a operação de varejo do Citibank no Brasil, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Fontes não sabem afirmar se o Santander Brasil continua no páreo, mas alegam que o interesse dos espanhóis pelo ativo diminuiu, facilitando a chegada do concorrente, que teria feito uma oferta maior.

Tanto o presidente do Citi no Brasil, Hélio Magalhães, quanto o presidente do Itaú, Roberto Setubal, estão em Nova York neste momento, conforme fonte, e estariam negociando os detalhes finais da aquisição. Enquanto isso, o presidente do Santander, Sérgio Rial, estaria em Madri, de acordo com outra fonte.

A permanência do Itaú até o final da disputa pelo Citi chamou a atenção do mercado, que sempre considerou o Santander como favorito em levar o ativo. Uma fonte diz, porém, que a oferta feita pelo espanhol teria sido "baixíssima".

Outro fator negativo foi o fato de que a notícia da compra da operação na Argentina contribuiu para a queda das ações do Santander no Brasil. Isso pode ter feito a instituição espanhola repensar a compra do Citi no mercado brasileiro.

Isso porque, embora a plataforma de varejo do banco americano na Argentina tenha bom desempenho, no Brasil, conforme fontes, amargou prejuízo nos últimos anos. Na Colômbia, conforme já antecipou o Broadcast, o ativo deve passar para as mãos do Scotiabank.

Em setembro, as units (conjunto de ações) do Santander Brasil acumulam queda de 4,50%, enquanto as ações PN (preferenciais) do Itaú Unibanco registram baixa de 1,47%.

Estilo

O apetite do Itaú pelo Citi nunca ficou muito claro, já que o banco tem um jeito bem fechado de negociar, envolvendo o mínimo de pessoas possível, evitando assim o vazamento do seu real interesse em um eventual negócio.

Foi assim com o Unibanco, com a Porto Seguro, o BMG e, mais recentemente, com a Recovery, que comprou das mãos do BTG Pactual.

A expectativa do Citi é concluir a venda das suas operações de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia ainda neste mês. Por isso, a expectativa é que o anúncio do negócio seja feito em breve. O banco informou a intenção desses desinvestimentos em 19 de fevereiro deste ano.

Apesar de o Santander ser tido como favorito desde o início das negociações, teria contado a favor do Itaú Unibanco não só uma oferta maior que a dos espanhóis, mas também o relacionamento que já possui com o Citi.

Na negociação pela Credicard, no passado, já foi assim. Na ocasião, o Itaú desbancou o Bradesco e ficou com o ativo.

A operação de varejo do Citi no Brasil soma R$ 8 bilhões em operações de crédito, segundo fonte, e uma rede de 71 agências.

Na semana passada, o diretor de Marketing do Itaú, Fernando Chacon, disse, em entrevista ao Broadcast, que o banco continuava acompanhando as negociações da venda da operação de varejo do Citi no Brasil. "Estamos por perto", afirmou o executivo, na ocasião, sem dar mais detalhes.

Procurados pelo Broadcast, Citi, Itaú e Santander não comentaram a informação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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