Negócios

Itaú encerra atendimento a pessoas físicas no Japão

Banco decidiu encerrar o atendimento como parte de uma medida de reposicionamento de sua atuação no exterior


	Fachada do Itaú: enfoque na Ásia, assim como ocorre em outros países do Hemisfério Norte, será em clientes corporativos e institucionais
 (Thomas Locke Hobbs/CREATIVE COMMONS)

Fachada do Itaú: enfoque na Ásia, assim como ocorre em outros países do Hemisfério Norte, será em clientes corporativos e institucionais (Thomas Locke Hobbs/CREATIVE COMMONS)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 08h56.

Brasília - Com a redução nas remessas de imigrantes brasileiros, o Itaú Unibanco decidiu encerrar o atendimento a pessoas físicas no Japão. Oficialmente, o maior banco privado do País afirma que a medida faz parte de um reposicionamento da atuação para “maior alinhamento do modelo operacional”.

O enfoque na Ásia, assim como ocorre em outros países do Hemisfério Norte, será em clientes corporativos e institucionais, private banking e serviços de asset management, que não necessitam da estrutura física de agências. A decisão faz com que o banco concentre suas atividades de varejo na América Latina, onde tem agências na Argentina, no Chile, no Paraguai e no Uruguai.

A agência do Itaú em Tóquio, que tinha o envio de remessas como carro-chefe, não abre mais conta para pessoas físicas desde o fim de agosto, quando deixou de oferecer produtos como aplicações em depósitos a prazo. Órgãos reguladores no Brasil e no Japão e demais partes interessadas foram avisados.

O Itaú está orientando seus cerca de 30 mil clientes a transferir suas contas para o Banco do Brasil, que está no mercado japonês há 41 anos, com agências em quatro cidades, subagências em mais três e 55 mil terminais de autoatendimento. Até dezembro, o Itaú enviará o formulário do BB para que os clientes façam a migração.

Serviços

As contas não serão encerradas automaticamente, mas os serviços por meio de canais remotos como internet banking e terminais de autoatendimento não estarão mais disponíveis a partir de 5 de março do ano que vem. Com exceção dos clientes que têm depósito a prazo a vencer após essa data, o Itaú cobrará a tarifa de manutenção da conta no valor de 1.000 ienes (R$ 22,87) por mês, mais impostos, para conta com saldo inferior a 100 mil ienes - R$ 2.286,75.

A entrada do banco privado no Japão ocorreu em 2004, com a abertura da primeira agência em Tóquio. Em dezembro de 2006, o Itaú comprou as operações de depósitos e remessas dos clientes do Banespa.

A saída deixa caminho livre para o Banco do Brasil ampliar sua atuação naquele país. O maior banco público do País tem atualmente 101 mil clientes entre brasileiros, latino-americanos de língua espanhola, japoneses e outros. Um dos diferenciais da instituição é o atendimento em quatro idiomas (português, espanhol, japonês e inglês).

Com a saída do Itaú, nenhuma outra instituição financeira brasileira, além do BB, terá agências no Japão. A Caixa tem um escritório de representação e o Bradesco fechou parceria com dois bancos locais - Daito Bank e Tokyo Mitsubishi - para os serviços de remessas de recursos para o Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasItaúItaúsaJapãoPaíses ricos

Mais de Negócios

De pequena farmácia a gigante da beleza, como O Boticário virou um fenômeno com R$ 30 bi em vendas

Smart Fit compra rede de estúdios Velocity por R$ 183 milhões

Do gim ao jambu: duas marcas de bebidas alcoólicas se unem e miram receita de R$ 5 milhões

Vem aí a terceira edição do Ranking EXAME Negócios em Expansão

Mais na Exame