Itaú caça oportunidades no Peru após bolsa sofrer queda

Santiago - A queda que rendeu ao mercado de valores do Peru o pior desempenho do mundo em 2013 está atraindo caçadores de oportunidades como Itaú Unibanco Holding SA e Wasatch Advisors, que apostam que um crescimento mais rápido e preços mais altos de commodities estimularão uma recuperação.

O índice Lima General afundou 24 por cento em 2013, levando o preço de referência relativo ao valor dos ativos nos balancetes de seus membros a uma baixa de três anos. As empresas de matérias-primas, que respondem por mais da metade do indicador, lideraram a queda.

As ações ligadas à demanda doméstica, como as da construtora Grana y Montero SA, estão atrativas com as previsões de que a economia crescerá no ritmo mais rápido da América do Sul, segundo Brian Chase, gerente financeiro e chefe de ações andinas do Itaú.

“As mudanças globais e as expectativas de preços de commodity mais estáveis nos fizeram dar mais peso ao Peru contra a região”, disse Chase, que ajuda a gerenciar US$ 1 bilhão de ações da América Latina, em entrevista por telefone, de Santiago.

O Itaú tem adquirido ações da Grana y Montero em sua aposta de que a empresa se beneficiará com os aumentos planejados pelo presidente Ollanta Humala nos investimentos em obras públicas, assim como o banco Credicorp Ltd., que caiu 20 por cento desde o início de abril, disse Chase.

Para a corretora Kallpa Securities SAB, com sede em Lima, as empresas mineradoras são atrativas, uma vez que estão reduzindo despesas para conter as quedas do cobre, do ouro e de outros metais em meio a um crescimento mais lento da China, o maior parceiro comercial do Peru. A Foodmaker Alicorp SAA e a fabricante de cimento Unión Andina de Cementos SAA deverão registrar ganhos à medida que o crescimento econômico acelerar, segundo Andrey Kutusov, gerente de fundos da Wasatch.

O Peru é o terceiro maior produtor de cobre do mundo e está classificado em quinto lugar na produção de ouro, segundo números do governo. A mineração respondeu por 56 por cento das receitas com exportações nos oito primeiros meses do ano passado, segundo o site do Ministério da Mineração. O cobre entrou em um mercado baixista no ano passado, enquanto o ouro e a prata tiveram a maior queda desde 1981.

Programa de infraestrutura

O valor relativamente baixo das ações peruanas as transformou em um mercado atrativo neste ano para gerentes de fundos em busca de bons valores, segundo Eric Conrads, gerente financeiro que ajuda a supervisionar US$ 500 milhões em ações na ING Groep NV, em Nova York.

“O Peru é, provavelmente, a melhor aposta para 2014”, disse ele, por e-mail. “O país é uma boa aposta para aqueles que estão buscando oportunidades na categoria de ativos e que são capazes de tolerar uma liquidez menor”.

Os estoques de cobre monitorados pela London Metals Exchange, a Bolsa de Metais de Londres, atingiram o nível mais baixo desde fevereiro. Os estoques de zinco chegaram, em 23 de dezembro, ao nível mais baixo desde março de 2012.

No ano passado as ações chilenas também foram atingidas pela queda dos preços do cobre, o item mais exportado pelo país. O índice de referência IPSA perdeu 14 por cento, o terceiro pior desempenho entre 94 índices primários monitorados pela Bloomberg. No Brasil, o Ibovespa teve a segunda pior performance ao cair 16 por cento, liderada pela queda da Vale SA, a maior produtora do mundo de minério de ferro, ingrediente que é usado na fabricação do aço.

O índice de referência do Peru provavelmente superará seus pares de países emergentes no segundo semestre de 2014 porque os valores já refletem o impacto de um estímulo monetário reduzido dos EUA e porque a recuperação econômica global está ganhando força, segundo Carlos Rojas, diretor-geral da Andino Asset Management SAC. Rojas disse que vem comprando ações da empresa de maquinários Ferreycorp SAA porque uma recuperação do setor de mineração aumentará a demanda por seus produtos e serviços.

“Deve haver uma recuperação no primeiro semestre do ano e um bom segundo semestre”, disse ele, por telefone, de Lima.

Santiago - A queda que rendeu ao mercado de valores do Peru o pior desempenho do mundo em 2013 está atraindo caçadores de oportunidades como Itaú Unibanco Holding SA e Wasatch Advisors, que apostam que um crescimento mais rápido e preços mais altos de commodities estimularão uma recuperação.

O índice Lima General afundou 24 por cento em 2013, levando o preço de referência relativo ao valor dos ativos nos balancetes de seus membros a uma baixa de três anos. As empresas de matérias-primas, que respondem por mais da metade do indicador, lideraram a queda.

As ações ligadas à demanda doméstica, como as da construtora Grana y Montero SA, estão atrativas com as previsões de que a economia crescerá no ritmo mais rápido da América do Sul, segundo Brian Chase, gerente financeiro e chefe de ações andinas do Itaú.

“As mudanças globais e as expectativas de preços de commodity mais estáveis nos fizeram dar mais peso ao Peru contra a região”, disse Chase, que ajuda a gerenciar US$ 1 bilhão de ações da América Latina, em entrevista por telefone, de Santiago.

O Itaú tem adquirido ações da Grana y Montero em sua aposta de que a empresa se beneficiará com os aumentos planejados pelo presidente Ollanta Humala nos investimentos em obras públicas, assim como o banco Credicorp Ltd., que caiu 20 por cento desde o início de abril, disse Chase.

Para a corretora Kallpa Securities SAB, com sede em Lima, as empresas mineradoras são atrativas, uma vez que estão reduzindo despesas para conter as quedas do cobre, do ouro e de outros metais em meio a um crescimento mais lento da China, o maior parceiro comercial do Peru. A Foodmaker Alicorp SAA e a fabricante de cimento Unión Andina de Cementos SAA deverão registrar ganhos à medida que o crescimento econômico acelerar, segundo Andrey Kutusov, gerente de fundos da Wasatch.

O Peru é o terceiro maior produtor de cobre do mundo e está classificado em quinto lugar na produção de ouro, segundo números do governo. A mineração respondeu por 56 por cento das receitas com exportações nos oito primeiros meses do ano passado, segundo o site do Ministério da Mineração. O cobre entrou em um mercado baixista no ano passado, enquanto o ouro e a prata tiveram a maior queda desde 1981.

Programa de infraestrutura

O valor relativamente baixo das ações peruanas as transformou em um mercado atrativo neste ano para gerentes de fundos em busca de bons valores, segundo Eric Conrads, gerente financeiro que ajuda a supervisionar US$ 500 milhões em ações na ING Groep NV, em Nova York.

“O Peru é, provavelmente, a melhor aposta para 2014”, disse ele, por e-mail. “O país é uma boa aposta para aqueles que estão buscando oportunidades na categoria de ativos e que são capazes de tolerar uma liquidez menor”.

Os estoques de cobre monitorados pela London Metals Exchange, a Bolsa de Metais de Londres, atingiram o nível mais baixo desde fevereiro. Os estoques de zinco chegaram, em 23 de dezembro, ao nível mais baixo desde março de 2012.

No ano passado as ações chilenas também foram atingidas pela queda dos preços do cobre, o item mais exportado pelo país. O índice de referência IPSA perdeu 14 por cento, o terceiro pior desempenho entre 94 índices primários monitorados pela Bloomberg. No Brasil, o Ibovespa teve a segunda pior performance ao cair 16 por cento, liderada pela queda da Vale SA, a maior produtora do mundo de minério de ferro, ingrediente que é usado na fabricação do aço.

O índice de referência do Peru provavelmente superará seus pares de países emergentes no segundo semestre de 2014 porque os valores já refletem o impacto de um estímulo monetário reduzido dos EUA e porque a recuperação econômica global está ganhando força, segundo Carlos Rojas, diretor-geral da Andino Asset Management SAC. Rojas disse que vem comprando ações da empresa de maquinários Ferreycorp SAA porque uma recuperação do setor de mineração aumentará a demanda por seus produtos e serviços.

“Deve haver uma recuperação no primeiro semestre do ano e um bom segundo semestre”, disse ele, por telefone, de Lima.