IPO é o próximo passo da Drogaria São Paulo e da Pacheco, diz presidente
Nova líder do setor de farmácias nasce com a intenção de abrir capital e se expandir pelo Brasil
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2012 às 17h56.
São Paulo – A união da Drogaria São Paulo com a Pacheco ainda nem terminou de ser anunciada, e as empresas já começam a se preparar para um novo passo: a abertura de capital. “É algo que devemos iniciar em 2012”, afirmou Gilberto Martins Ferreira, presidente da DPSP – a empresa criada pela fusão antecipada pelo blog Primeiro Lugar, de EXAME.
A rede já nasce como a maior do país em faturamento, com 4,4 bilhões de reais. Com isso, a liderança da Raia Drogasil, formada pela fusão da Droga Raia e da Drogasil e com vendas de 4,1 bilhões de reais, durou apenas um mês.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Ferreira a EXAME.com. Nela, o executivo apresenta os próximos passos da nova gigante do setor de farmácias.
EXAME.com – Há planos para abrir o capital da empresa?
Gilberto Martins Ferreira – Sim, a ideia é abrir o capital. Isso é um processo que queremos iniciar em 2012. Até o final do ano, nossa prioridade é estruturar melhor a empresa, dar prosseguimento à integração da Drogaria São Paulo e da Pacheco. O importante é que as empresas estão bem preparadas. Ambas são auditadas há mais de dez anos.
EXAME.com – Como um IPO pode ajudar os planos da nova rede?
Ferreira – As duas empresas são muito conservadoras em relação ao nível de endividamento. As famílias controladoras preferem estruturas de capital mais sólidas do que as baseadas em dívida. E isso é algo que o IPO permite. Além disso, os controladores acreditam no setor farmacêutico. Abrir o capital é um modo de convidar as pessoas a participar de nosso crescimento.
EXAME.com – A união da Drogaria São Paulo com a Pacheco foi uma resposta à criação da Raia Drogasil, que havia se tornado a líder do setor?
Ferreira – Não. As conversas começaram há oito meses. O que ocorreu é que o acordo da Drogasil saiu primeiro. Os acionistas da São Paulo e da Pacheco se conhecem há mais de 30 anos e já vinham falando da grande oportunidade de expansão que teriam juntos. Foi um processo muito tranquilo.
EXAME.com – Mas o que fez com que as empresas decidissem que esta era a hora certa?
Ferreira – É o momento pelo qual o Brasil passa. O consumo está crescendo em todas as áreas, incluindo medicamentos e higiene pessoal. Além disso, a população está envelhecendo, e isso aumenta a demanda de remédios.
EXAME.com – Uma das ressalvas dos analistas é que a nova rede nasce muito concentrada no Rio e em São Paulo. Há planos para entrar em outros Estados?
Ferreira – A expansão geográfica está nos nossos planos, sem dúvida. Mas, para onde formos, queremos ter uma presença significativa. Não vemos a concentração de modo negativo. Estamos bem estabelecidos nos maiores mercados do Brasil.
EXAME.com – Qual será o ritmo de expansão da nova empresa?
Ferreira – Um bom ritmo seria abrir 60 lojas por ano. Para isso, seriam necessários cerca de 60 milhões de reais por ano, incluindo os estoques das lojas. Mas, eventualmente, podemos realizar alguma aquisição, ou incorporar outras redes como sócias, como fizemos com o Drogão.
EXAME.com – E em que estados a empresa quer crescer?
Ferreira – Queremos reforçar nossa presença em Minas Gerais e no Espírito Santo. Depois, vamos estudar as oportunidades. Saímos desta fusão como líderes de mercado, mas o mais importante é que o nosso norte é o crescimento. Temos uma fatia de mercado pequena em relação ao potencial do Brasil.
São Paulo – A união da Drogaria São Paulo com a Pacheco ainda nem terminou de ser anunciada, e as empresas já começam a se preparar para um novo passo: a abertura de capital. “É algo que devemos iniciar em 2012”, afirmou Gilberto Martins Ferreira, presidente da DPSP – a empresa criada pela fusão antecipada pelo blog Primeiro Lugar, de EXAME.
A rede já nasce como a maior do país em faturamento, com 4,4 bilhões de reais. Com isso, a liderança da Raia Drogasil, formada pela fusão da Droga Raia e da Drogasil e com vendas de 4,1 bilhões de reais, durou apenas um mês.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Ferreira a EXAME.com. Nela, o executivo apresenta os próximos passos da nova gigante do setor de farmácias.
EXAME.com – Há planos para abrir o capital da empresa?
Gilberto Martins Ferreira – Sim, a ideia é abrir o capital. Isso é um processo que queremos iniciar em 2012. Até o final do ano, nossa prioridade é estruturar melhor a empresa, dar prosseguimento à integração da Drogaria São Paulo e da Pacheco. O importante é que as empresas estão bem preparadas. Ambas são auditadas há mais de dez anos.
EXAME.com – Como um IPO pode ajudar os planos da nova rede?
Ferreira – As duas empresas são muito conservadoras em relação ao nível de endividamento. As famílias controladoras preferem estruturas de capital mais sólidas do que as baseadas em dívida. E isso é algo que o IPO permite. Além disso, os controladores acreditam no setor farmacêutico. Abrir o capital é um modo de convidar as pessoas a participar de nosso crescimento.
EXAME.com – A união da Drogaria São Paulo com a Pacheco foi uma resposta à criação da Raia Drogasil, que havia se tornado a líder do setor?
Ferreira – Não. As conversas começaram há oito meses. O que ocorreu é que o acordo da Drogasil saiu primeiro. Os acionistas da São Paulo e da Pacheco se conhecem há mais de 30 anos e já vinham falando da grande oportunidade de expansão que teriam juntos. Foi um processo muito tranquilo.
EXAME.com – Mas o que fez com que as empresas decidissem que esta era a hora certa?
Ferreira – É o momento pelo qual o Brasil passa. O consumo está crescendo em todas as áreas, incluindo medicamentos e higiene pessoal. Além disso, a população está envelhecendo, e isso aumenta a demanda de remédios.
EXAME.com – Uma das ressalvas dos analistas é que a nova rede nasce muito concentrada no Rio e em São Paulo. Há planos para entrar em outros Estados?
Ferreira – A expansão geográfica está nos nossos planos, sem dúvida. Mas, para onde formos, queremos ter uma presença significativa. Não vemos a concentração de modo negativo. Estamos bem estabelecidos nos maiores mercados do Brasil.
EXAME.com – Qual será o ritmo de expansão da nova empresa?
Ferreira – Um bom ritmo seria abrir 60 lojas por ano. Para isso, seriam necessários cerca de 60 milhões de reais por ano, incluindo os estoques das lojas. Mas, eventualmente, podemos realizar alguma aquisição, ou incorporar outras redes como sócias, como fizemos com o Drogão.
EXAME.com – E em que estados a empresa quer crescer?
Ferreira – Queremos reforçar nossa presença em Minas Gerais e no Espírito Santo. Depois, vamos estudar as oportunidades. Saímos desta fusão como líderes de mercado, mas o mais importante é que o nosso norte é o crescimento. Temos uma fatia de mercado pequena em relação ao potencial do Brasil.