iPhone no Brasil e o dilema da Apple
Quando as lojas de eletrônicos abrirem na manhã desta sexta-feira, o mais novo celular da Apple vai estar disponível para vendas no Brasil. O iPhone 7, que chegou ao mercado em países como Estados Unidos e Austrália em 16 de setembro, vai estrear no por aqui com um preço pouco convidativo: entre 3.500 e 4.900 […]
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2016 às 05h39.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.
Quando as lojas de eletrônicos abrirem na manhã desta sexta-feira, o mais novo celular da Apple vai estar disponível para vendas no Brasil. O iPhone 7, que chegou ao mercado em países como Estados Unidos e Austrália em 16 de setembro, vai estrear no por aqui com um preço pouco convidativo: entre 3.500 e 4.900 reais, a depender do modelo. Esse é um dos principais entraves ao crescimento da empresa no país.
A empresa tem cerca de 12% dos celulares usados no Brasil, mas apenas um quarto desses aparelhos é vendido oficialmente. Muita gente aproveita viagens ao exterior para trazer o produto e evitar impostos, além dos vendedores clandestinos que conseguem fazer um preço mais barato do que nas lojas. Nos Estados Unidos, o smartphone da Apple tem 43% do mercado, um número que não tem variado muito ao longo dos últimos anos.
Com a dificuldade de crescer nos Estados Unidos, ganhar o mercado internacional com seu principal produto é a maior preocupação da empresa. No último trimestre de 2015, por exemplo, quase 20% dos celulares vendidos no mundo foram iPhones, graças à explosão de vendas na China. Com o desaquecimento do mercado por lá, essa parcela caiu para 11,7% no segundo trimestre de 2016.
Em meio a tudo isso, a Apple começou a sofrer críticas cada vez mais pesadas sobre sua falta de capacidade de continuar inovando. O iPhone 7 tem como principal mudança o fone de ouvido sem fio – que, no Brasil, vai custar 1.400 reais. Mas o fone que acompanha o produto tem fios, que vão ligados a um conversor. Não faz muito sentido. Essa dificuldade em fazer coisas interessantes reflete no faturamento. No ano fiscal de 2016, terminado em setembro, a receita da companhia foi 8% menor que em 2015 – de 233 bilhões de dólares para 215 bilhões. Hoje é dia de descobrir como os brasileiros vão receber o novo hit da companhia.