São Paulo - As listas de credores das empresas da Lava Jato em recuperação judicial são encabeçadas pelos investidores em títulos e pelos bancos.
Em valores absolutos, quem aplicou em bônus ou debêntures dessas empresas é quem está mais preocupado neste momento.
Juntas, OAS e Galvão devem R$ 6,6 bilhões a esses investidores. Já o Grupo Inepar, controlador da Iesa, tem no BNDESPar seu maior credor, com passivo de R$ 741 milhões, segundo o último relatório do administrador judicial.
As outras duas recuperações, da Alumini e Jaraguá Equipamentos, são menores em valores e os bancos estão no topo das listas. A Alumini tem um passivo de R$ 1 bilhão e só o Banco do Brasil tem R$ 225 milhões a receber. Na Jaraguá, o Bradesco é o maior credor, com R$ 182 milhões.
Tanto para bancos como para os detentores de títulos, que seguem regras de provisão, todo esse passivo já deve estar registrado como perda. A recuperação judicial abre assim um novo capítulo da renegociação.
No caso da OAS, a maior concentração do passivo está nos chamados "bondholders" - investidores estrangeiros que compram bônus emitidos pelas empresas no exterior. São R$ 4,8 bilhões, quase 70% da dívida total.
É uma concentração bastante parecida com a que foi vista na OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista que entrou em recuperação em 2013 devendo R$ 11 bilhões a bondholders.
O advogado Mark Kreidel, do escritório Levy & Salomão, diz que é cada vez mais comum ver estrangeiros nos processos de recuperação. Isso porque, a partir de 2009, quando o Brasil saiu quase ileso da crise mundial do ano anterior, virou moda aplicar em papéis brasileiros. Também os bancos estrangeiros emprestaram mais para as empresas nacionais.
A vantagem, segundo a advogada Renata Olivera, do Machado Meyer, é que esse investidor já está mais acostumado a negociar em processos de recuperação, pois tem experiência nos Estados Unidos. Estão mais dispostos a até mesmo colocar mais capital na empresa.
Já os bancos brasileiros só agora começam a ficar mais receptivos a renegociar dívidas, segundo o advogado Júlio Mandel, porque perceberam que a falência pode não ser uma boa opção.
Os bancos têm a prerrogativa de ficar fora da recuperação judicial, negociando paralelamente seus créditos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Quanto cada político recebeu das empresas investigadas
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1/34 (Baris Simsek/Thinkstock)
São Paulo – A lista de políticos investigados por suspeita de envolvimento no esquema de
corrupção na
Petrobras inclui 12 senadores e 22 deputados em exercício. Destes, 19 receberam doações das empresas investigadas na
Operação Lava Jato para suas campanhas eleitorais, seja em 2014 ou em 2010. A suspeita dos investigadores é de que essas doações legais tenham sido usadas para pagamento de propina a políticos. Em depoimento, o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, afirmou que as doações são, na realidade,
“empréstimos a juros altos”. Somados, os 34 parlamentares suspeitos receberam ao menos R$ 11,2 milhões das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. Além dos congressistas, também são investigados os governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, e Tião Viana (PT), do Acre. Veja nas fotos acima quanto cada senador e deputado recebeu.
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2. Luiz Fernando Pezão (PMDB) - Governador do Rio de Janeiro
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2/34 (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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3. Renan Calheiros (PMDB-AL) - Senador
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3/34 (Ueslei Marcelino/Reuters)
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4. Romero Jucá (PMDB-RR) - Senador
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4/34 (AGÊNCIA BRASIL)
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5. Edison Lobão (PMDB - MA) - Senador
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5/34 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
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6. Valdir Raupp (PMDB-RO) - Senador
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6/34 (Geraldo Magela/Agência Senado)
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7. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Deputado
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7/34 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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8. Aníbal Gomes (PMDB - CE) - Deputado
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8/34 (Câmara dos Deputados/Diogo Xavier)
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9. Tião Viana (PT-AC) - Governador do Acre
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9/34 (Agência Brasil)
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10. Lindbergh Farias (PT-RJ) - Senador
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10/34 (Wilson Dias/ABr)
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11. Humberto Costa (PT-PE) - Senador
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11/34 (Wikimedia Commons)
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12. José Mentor (PT-SP) - Deputado
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12/34 (José Cruz/Agência Brasil)
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13. Vander Loubet (PT-MS) - Deputado
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13/34 (Flickr/Vander Loubet)
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14. Fernando Collor (PTB-AL) - Senador
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14/34 (Antonio Cruz/ABr)
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15. Ciro Nogueira (PP-PI) - Senador
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15/34 (Wikimedia Commons)
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16. Benedito de Lira (PP-AL) - Senador
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16/34 (Moreira Mariz/Agência Senado)
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17. Gladson Cameli (PP-AC) - Senador
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17/34 (Reprodução / Facebook)
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18. Nelson Meurer (PP-PR) - Deputado
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18/34 (Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados)
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19. Luiz Fernando Faria (PP-MG) - Deputado
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19/34 (Divulgação)
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20. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) - Deputado
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20/34 (Elza Fiuza/ABr)
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21. Arthur Lira (PP-AL) - Deputado
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21/34 (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
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22. Simão Sessim (PP-RJ) - Deputado
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22/34 (Leonardo Prado/Câmara dos Deputados)
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23. José Otávio Germano (PP-RS) - Deputado
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23/34 (Facebook/José Otávio Germano/Reprodução)
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24. Eduardo da Fonte (PP-PE) - Deputado
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24/34 (Elton Bonfim/Agência Câmara)
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25. Dilceu Sperafico (PP-PR) - Deputado
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25/34 (Divulgação)
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26. Jerônimo Goergen (PP-RS) - Deputado
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26/34 (Valter Campanato/ABr)
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27. José Afonso Hamm (PP-RS) - Deputado
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27/34 (Divulgação)
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28. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) - Deputado
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28/34 (Divulgação/Site Oficial)
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29. Renato Molling (PP-RS) - Deputado
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29/34 (Divulgação)
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30. Roberto Balestra (PP-GO) - Deputado
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30/34 (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)
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31. Roberto Britto (PP-BA) - Deputado
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31/34 (Divulgação)
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32. Waldir Maranhão (PP-MA) - Deputado
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32/34 (Reprodução)
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33. Antônio Anastasia (PSDB-MG) - Senador
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33/34 (Marcos Oliveira/Agência Senado)
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34. Veja agora o que os políticos investigados têm a dizer sobre o caso
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34/34 (José Cruz/ Agência Brasil)