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Intesa Sanpaolo volta a apostar no Brasil

O objetivo da instituição é conquistar uma carteira de crédito de 2 bilhões em até três anos e ser um banco múltiplo com sede em São Paulo

Intesa Sanpaolo: expectatuva é começar a fazer negócios no Brasil este ano (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 07h51.

São Paulo - Mais de dez anos após vender o controle do Sudameris no Brasil ao ABN Amro Real, posteriormente adquirido pelo Santander, para se concentrar em suas operações locais, o banco italiano Intesa Sanpaolo retoma um projeto mais agressivo no país.

O objetivo da instituição, que vai inaugurar sede em São Paulo, é conquistar uma carteira de crédito de 2 bilhões em até três anos e ser um banco múltiplo, atuando nos segmentos comercial e de investimentos.

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Com capital inicial de 100 milhões, o Intesa Sanpaolo aguarda vistoria do Banco Central nos próximos meses para que possa começar a fazer negócios no Brasil. A instituição já possui as autorizações dos reguladores brasileiro e italiano.

A expectativa do Intesa Sanpaolo , segundo Gaetano Miccichè, diretor geral e responsável pela divisão de corporate e de investment bank do banco, é começar a fazer negócios no Brasil até o final deste ano.

“Não miramos market share, mas volume, rentabilidade e penetração. Vamos apoiar as empresas italianas no Brasil com as quais já temos relacionamento, internacionais e também as brasileiras com iniciativas industriais no País”, diz Miccichè, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O foco é crescimento orgânico, sem planos de aquisições no momento.

O banco mira, segundo o executivo, empresas com faturamento anual superior a R$ 600 milhões. Dentre os setores de interesse do Intesa Sanpaolo no Brasil estão, em especial, os voltados para infraestrutura, petróleo e gás, energia e agricultura.

Apesar de o crescimento do Brasil ter desacelerado nos últimos anos, Miccichè diz que o País ainda mantém forte interesse ao banco italiano em meio ao seu potencial de expansão melhor que o da Europa e também as oportunidades no setor bancário, em que os agentes têm apresentado “resultados fantásticos”.

Por ter crescimento de forma “extraordinária” nos últimos anos, conforme ele, era natural que o Brasil não conseguisse manter por muito tempo os níveis de expansão vistos no passado.

O diretor do Intesa reforça que o foco do banco não é ter uma atuação “generalista” no Brasil, mas focada em apoiar empresas que não dependam apenas do crescimento regional.

À frente da operação do Intesa Sanpaolo no Brasil estará o italiano Gianfranco Giromini. Parte dos profissionais que atuará na unidade, segundo Miccichè, já foi contratada e o restante da equipe deve ser selecionada nas próximas semanas. O quadro deve somar de 30 a 40 colaboradores, sendo alguns italianos e “muitos brasileiros”, conforme ele.

Perfil. Com valor de mercado de mais de 40 bilhões, o banco fruto da fusão dos italianos Intesa e Sanpaolo possui carteira de clientes superior a 11 milhões, uma rede de 4.700 agências e atuação em 29 países, principalmente no Oriente Médio e Norte da África.

No Brasil, o banco contava apenas com um escritório de representação e obteve autorização para atuar no País no início deste ano como um banco múltiplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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