A inteligência artificial vai mostrar respostas onde antes só havia perguntas
Para Facundo Monteiro, líder de negócios de segurança cibernética da Microsoft América Latina, a IA vai moldar o futuro da cibersegurança e permitir que as empresas ajam mais rápido do que os “invasores”
EXAME Solutions
Publicado em 24 de março de 2023 às 09h00.
Última atualização em 24 de março de 2023 às 09h12.
O último Relatório de Defesa Digital da Microsoft impressiona. Desde setembro de 2021, o número de ataques a senhas saltou de 579 para 1.287 por segundo. A unidade de Crimes Digitais da empresa derrubou nada menos do que 531 mil URLs de phishing e 5,4 mil kits de phishing entre julho de 2021 e junho de 2022, levando à identificação e ao fechamento de mais de 1,4 mil contas de e-mail maliciosas usadas para coletar credenciais roubadas.
O phishing – ataque que tenta roubar o dinheiro ou a identidade da vítima fazendo com que ela revele informações pessoais, como números de cartão de crédito ou senhas em sites que fingem ser legítimos – continua sendo a forma mais comum de ataque cibernético.
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Para ter uma ideia, a partir do momento em que um e-mail comercial é comprometido, o invasor leva apenas 1 hora e 12 minutos para acessar dados privados. Não à toa, esse é o tipo de ataque que mais pesa no bolso das empresas. E não é pouco. No ano passado, o custo médio de uma violação de dados atingiu o recorde histórico de US$ 4,35 milhões.
“Diante de ataques cada vez mais numerosos e complexos, lançamos, de agosto a dezembro do ano passado, mais de 300 inovações de produtos para ajudar os nossos clientes a se anteciparem às ameaças”, diz Facundo Monteiro, líder de negócios de segurança cibernética da Microsoft América Latina.
Os esforços vêm surtindo efeito: só em 2022, a Microsoft bloqueou 2,75 milhões de registros de sites antes que pudessem ser usados para crimes cibernéticos globais.
O impacto da inteligência artificial
Um dos grandes aliados da Microsoft nessa batalha para combater fraudes e invasões é o uso da inteligência artificial (IA). “A IA traz uma capacidade impressionante de mostrar respostas onde antes só havia perguntas, mas vai além: nos ajuda a raciocinar diante de imensos conjuntos de dados e a tomar decisões mais rápidas do que a capacidade de reação dos ‘invasores’, tendo um impacto direto na proteção dos clientes contra ameaças cibernéticas”, explica Monteiro.
Se as oportunidades que a IA traz são enormes para profissionais e empresas, as responsabilidades, para quem desenvolve essa tecnologia, são ainda maiores. “Infelizmente, as novas tecnologias geralmente trazem à tona o melhor e o pior das pessoas”, disse Brad Smith, vice-presidente da Microsoft.
Ciente disso, a empresa trabalha desde 2017 para construir uma infraestrutura de IA responsável. Mais recentemente, esse trabalho passou a ser feito em conjunto com especialistas da OpenAI – criadora do ChatGPT, o famoso chatbot que usa IA para responder a perguntas e interagir de forma conversacional.
Juntos, os times identificaram alguns riscos conhecidos, como a capacidade de um modelo gerar conteúdos estereotipados, ou fabricar respostas convincentes, porém incorretas.
Fazendo mais com menos
Consolidar ferramentas é mais uma forma de evitar riscos. Uma pesquisa da Microsoft descobriu que grandes organizações usam, em média, 75 soluções de segurança – o que é desvantajoso, considerando que o gerenciamento de vários fornecedores é mais oneroso, além de criar pontos cegos perigosos, já que insights de segurança valiosos ficam isolados, aumentando a vulnerabilidade de dados.
Portanto, o futuro da cibersegurança passará por empresas que saibam se proteger mais com menos; e por fornecedores que construam a inteligência artificial de forma ética e responsável, incorporando a segurança em tudo o que é projetado, desenvolvido e entregue a quem confia, a elas, o seu bem mais precioso: a sua segurança de dados.
Para empresas que queiram saber mais sobre como eliminar falhas de segurança e reduzir custos com proteção simplificada e abrangente, vale conferir o Microsoft Secure , evento online e gratuito que será promovido pela Microsoft no dia 28 de março com a presença de grandes especialistas em segurança cibernética.