Infraero reduz prejuízo líquido de R$ 1,83 bi para R$ 687 mi em 2018
"Em 2018, houve grande esforço da alta gestão para aumento de arrecadação de receitas e redução de custos", diz o balanço da empresa
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de março de 2019 às 16h19.
São Paulo — A Infraero reduziu seu prejuízo líquido em 2018 para R$ 687,6 milhões, ante resultado negativo de R$ 1,83 bilhão no ano anterior, mostra balanço divulgado neste sábado, 30, pela empresa em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), com data de sexta-feira (29).
No entanto, a companhia piorou o resultado financeiro líquido, que havia ficado positivo em R$ 200,5 milhões em 2017 e, em 2018, virou negativo em R$ 79,1 milhões.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 668,6 milhões no ano passado, também menor que o prejuízo registrado no ano anterior, de R$ 1,703 bilhão.
O Ebitda ajustado, calculado a partir de nova metodologia, que inclui PIS e Cofins, ficou positivo em R$ 46,7 bilhões, inferior ao resultado ajustado de 2017, de R$ 346,9 milhões. A empresa esclarece que o Ebitda ajustado de 2017 retira o efeito dos aeroportos concedidos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza.
O balanço aponta também que a receita operacional cresceu 9% em 2018, para R$ 2,857 bilhões, de R$ 2,632 bilhões, considerando o número ajustado. Se a comparação for feita com o dado nominal, houve queda de 15,8% ante a receita de R$ 3,394 bilhões obtida em 2017.
As despesas operacionais totalizaram R$ 2,693 bilhões, avanço de 5% na comparação com o número ajustado de 2017, de R$ 2,508 bilhões, mas queda de 6,8% com o número sem ajuste, de R$ 2,889 bilhões.
Com isso, o resultado operacional recorrente ficou positivo em R$ 163,5 milhões, ante R$ 60,9 milhões pelo critério ajustado em 2017 e R$ 505,4 milhões sem ajuste.
"Em 2018, houve grande esforço da alta gestão para aumento de arrecadação de receitas e redução de custos, com o objetivo de melhorar os resultados financeiros da Infraero, apesar do cenário de recessão econômica no segundo semestre e de concessão à iniciativa privada de mais quatro aeroportos lucrativos da rede, os quais davam suporte ao modelo de sustentação financeira da Infraero", diz o balanço.