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InBev reduz perspectivas para o crescimento no Brasil

Previsão menos veio em parte devido à inflação dos alimentos que reduziu a quantia de dinheiro que os consumidores têm para gastar com cerveja


	Cerveja Stella Artois, uma das principais marcas da AB InBev: companhia vendeu 4,1% menos cerveja e outras bebidas nos primeiros três meses do ano
 (Divulgação)

Cerveja Stella Artois, uma das principais marcas da AB InBev: companhia vendeu 4,1% menos cerveja e outras bebidas nos primeiros três meses do ano (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 10h01.

Bruxelas - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, reduziu perspectivas para o crescimento no Brasil, o segundo maior mercado da empresa, nesta terça-feira, devido em parte à inflação dos alimentos que reduziu a quantia de dinheiro que os consumidores têm para gastar com cerveja.

As ações da companhia caíam cerca de 3 por cento após ter divulgado resultados abaixo do esperado e dizer que o volume de cerveja no mercado brasileiro deve ficar estável ou ter queda de um dígito percentual baixo neste ano. Anteriormente, a empresa previa um crescimento de um dígito baixo.

As principais fabricantes de cerveja do mundo estão confiando em mercados emergentes para o crescimento em meio a um aperto na renda do consumidor na Europa e a limitada expansão dos Estados Unidos. Mas o mau tempo e aumentos em impostos elevaram os desafios recentemente.

A AB InBev disse que vendeu 4,1 por cento menos cerveja e outras bebidas nos primeiros três meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa também divulgou quedas em todas as regiões exceto na Ásia, onde a China foi excepcionalmente forte.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 0,9 por cento, para 3,43 bilhões de dólares, mas abaixo da menor expectativa em uma pesquisa da Reuters com 12 analistas, cuja média das previsões apontava um Ebitda de 3,58 bilhões de dólares.

A AB InBev, que tem dois terços do mercado brasileiro de cerveja, disse que os consumidores de cerveja compraram 8,2 por cento menos do que há um ano devido ao calendário, com o carnaval ocorrendo mais cedo do que em 2012, ao mau tempo e pela inflação alta dos alimentos. A empresa também perdeu participação de mercado.

O vice-presidente financeiro da AB Inbev, Felipe Dutra, disse que a ocorrência do Carnaval mais cedo, que encurtou a temporada de vendas de verão, e um clima úmido eram conhecidos. Porém, março se mostrou particularmente fraco.

"O mau tempo continuou em março... mas também vimos alta na inflação de alimentos o que impacta o rendimento disponível real", disse Dutra, acrescentando que economistas esperam uma melhora na inflação durante o ano.

Para os fabricantes de cerveja no Brasil, abril foi melhor embora ainda em declínio de cerca de 5 por cento, disse Dutra.

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