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Iguatemi prevê 2015 semelhante a 2014 e estuda oportunidades

Próximo ano, embora com desafios, poderá trazer oportunidades de investimentos


	Iguatemi: Iguatemi projeta a conclusão em 2015 de duas expansões dentro do seu portfólio de 17 empreendimentos
 (Divulgação/Iguatemi)

Iguatemi: Iguatemi projeta a conclusão em 2015 de duas expansões dentro do seu portfólio de 17 empreendimentos (Divulgação/Iguatemi)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 15h49.

São Paulo - A empresa de shopping centers Iguatemi prevê que seus empreendimentos vão registrar em 2015 avanço de vendas semelhante ao de 2014, mas avalia que o próximo ano, embora com desafios, poderá trazer oportunidades de investimentos.

"No geral, acho que se a gente crescer 1 ou 2 pontos percentuais em vendas (em mesmas lojas) acima da inflação está de bom tamanho, mais do que isso será surpresa", afirmou a diretora financeira e de relações com investidores da companhia, Cristina Betts.

À Reuters, ela acrescentou que o próximo ano "não será fácil" e que não vê "muita diferença" em relação aos resultados que devem ser mostrados neste ano. Nos nove meses até setembro, as vendas nos shoppings da Iguatemi por esse critério, que consideram os pontos abertos há mais de um ano, subiram 7,6 por cento, contra inflação medida pelo IPCA de 4,61 por cento.

Mesmo em um cenário não muito animador, a executiva disse à Reuters que a Iguatemi avalia ter opções de investimento, citando a aposta em expansões, eventuais compras de participações em centros de compras já controlados pela empresa e, "bem mais remotamente", a aquisição de shoppings da concorrência.

Para Cristina, o próximo ano "com certeza" não será de aberturas de novos empreendimentos não só para a Iguatemi como para o setor como um todo, seguindo a toada de 2014, que viu as companhias colocarem o pé no freio em meio a um ambiente de consumo enfraquecido e varejistas reticentes com o desempenho obtido em shoppings novos.

"Para você abrir um shopping, precisa ter um número mínimo de lojistas, mas também uma variedade de lojistas. E nem todos os lojistas estão com capital suficiente para investir nesse momento", afirmou Cristina.

"Fazer expansão não é tão difícil, o lugar já é conhecido, você não precisa levar todos os tipos de lojistas ... pode levar o pessoal mais diferente. Você dá mais tempero porque o dia-a-dia você já tem", completou.

A Iguatemi projeta a conclusão em 2015 de duas expansões dentro do seu portfólio de 17 empreendimentos, envolvendo shoppings em Campinas (SP) e Porto Alegre (RS).

A estratégia, adotada em uníssono no setor, permite que as empresas cobrem mais pelos aluguéis novos, pelo fato dos lojistas entrarem em empreendimentos com histórico já consolidado de vendas.

A Multiplan, que também administra shoppings de alto padrão como Morumbi, em São Paulo, e Village Mall, no Rio de Janeiro, também afirmou que não espera inaugurações de novos shopping centers em 2015, prevendo um ano parecido em vendas com 2014.

Segundo Cristina, a Iguatemi não está concedendo nenhum desconto na negociação de aluguéis no momento, apesar das perspectivas de modesto crescimento econômico, ajustes fiscais e juros mais altos, usando como argumento a qualidade do seu portfólio.

Aquisições

Outra alavanca de crescimento considerada pela companhia é a aquisição de fatias adicionais em shoppings que já controla, a exemplo do que fez em 2013, quando passou a responder por 100 por cento do Galleria, em Campinas, e adquiriu mais 14 por cento do JK Iguatemi, na capital paulista.

"De todos os concorrentes que estão aí listados (na bolsa), somos o que menos tem participações nos shoppings que são nossos", afirmou Cristina.

Na avaliação da executiva, tendências que devem continuar fortes no próximo ano são o incremento na oferta de restaurantes e a aposta em lojas que sejam estreantes no Brasil ou em determinadas regiões.

Uma taxa de ocupação entre 95 e 97 por cento segue como um intervalo considerado "tranquilo" pela companhia, sendo que há previsão de entrada de mais lojistas, disse Cristina, sem dar detalhes. Ao fim do terceiro trimestre, a taxa de ocupação nos shoppings da Iguatemi era de 95,1 por cento, ante 96,7 por cento um ano antes.

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