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HSBC quer reduzir seu tamanho com nova estratégia

Banco, que tem lutado para acompanhar o ritmo de rivais mais enxutos e mais concentrados, procura se tornar mais competitivo

HSBC: banco quer economizar 4,5 bilhões de dólares em custos (Brendan McDermid/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 10h14.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2020 às 10h15.

Hong Kong/ Londres — O HSBC Holdings PLC disse nesta terça-feira que venderá 100 bilhões de dólares em ativos, diminuirá seu banco de investimentos e renovará seus negócios nos Estados Unidos e na Europa em uma reestruturação drástica que significará o corte de 35 mil empregos em três anos.

O banco, que tem lutado para acompanhar o ritmo de rivais mais enxutos e mais concentrados, procura se tornar mais competitivo ao enfrentar o crescimento lento em seus principais mercados, o surto do coronavírus, o Brexit e as taxas de juros mais baixas de bancos centrais.

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Na mais recente de uma série de reestruturações desde a crise financeira de 2008, o HSBC disse que fundiria seus negócios de private banking e gestão de patrimônio, cortará as negociações de ações europeias e reduzirá as agências de varejo dos EUA a fim de economizar 4,5 bilhões de dólares em custos.

"A totalidade deste programa é que nosso número de funcionários provavelmente passará de 235 mil para perto de 200 mil nos próximos três anos", disse Noel Quinn, presidente-executivo interino, à Reuters.

O banco britânico, cujas grandes operações asiáticas estão sediadas em Hong Kong, disse que o surto do coronavírus afetou significativamente a equipe e os clientes. No longo prazo, isso pode reduzir a receita e fazer com que empréstimos ruins aumentem à medida que as cadeias de fornecimento são interrompidas, disse Quinn.

O maior banco de ativos da Europa, que obtém a maior parte de sua receita na Ásia, disse que o lucro antes dos impostos caiu um terço para 13,35 bilhões de dólares em 2019, muito abaixo da estimativa média de 20,03 bilhões de dólares a partir de projeções de corretoras compiladas pelo banco.

Isso ocorreu devido a 7,3 bilhões de dólares em baixas contábeis vinculadas às suas unidades de negócios bancários e de mercados globais e bancos comerciais na Europa.

Nos Estados Unidos, onde o banco tem desempenho fraco há anos, o HSBC disse que fecharia cerca de um terço de suas 224 agências e visaria apenas clientes internacionais e mais ricos.

Sem recompras

O HSBC, que recomprou cerca de 6 bilhões de suas próprias ações desde 2016, disse que suspenderia as aquisições por dois anos para pagar pela reestruturação, mas manteria seu dividendo.

O retorno sobre o patrimônio tangível (RoTE) do banco, uma importante medida de rentabilidade, deve ficar na faixa de 10% a 12% em 2022. O HSBC reportou um RoTE de 8,4% no ano passado, abaixo dos 8,6% em 2018.

O HSBC disse que planeja investir mais de 100 bilhões de dólares em "áreas de retorno mais alto". Também espera incorrer em custos de reestruturação de cerca de 6 bilhões de dólares, a maior parte neste ano e no próximo.

Ao fortalecer suas capacidades de banco de investimento na Ásia e no Oriente Médio, o banco manterá um centro global de banco de investimento em Londres, reduzindo sua presença na Europa nos negócios.

O banco também reduzirá sua cobertura de sales e pesquisa em ações europeias com foco no apoio às transações no mercado de capitais, afirmou, confirmando um relatório da Reuters no mês passado sobre a retração do negócio comercial.

Comentando o impacto do coronavírus, o diretor financeiro Ewen Stevenson disse à Reuters que o banco espera provisões adicionais para perdas com empréstimos no primeiro trimestre.

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