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HRT compra 60% de campo da BP

Pela fatia no campo, que produz aproximadamente 13 mil barris/dia de petróleo, a HRT pagou US$ 135 milhões

A ação da HRT terminou o dia em alta de 6,14 %, cotadas a 4,15 reais, segundo dados preliminares de fechamento (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 18h17.

São Paulo/Rio de Janeiro - A HRT Participações em Petróleo fechou acordo com a BP Energy do Brasil para comprar uma participação de 60 % no campo de Polvo, na bacia de Campos, em anúncio que marca o início das operações em escala comercial da companhia.

Pela fatia no campo, que produz aproximadamente 13 mil barris/dia de petróleo, a HRT pagou 135 milhões de dólares, informou nesta segunda-feira a companhia em nota.

Para o presidente da HRT, Marcio Rocha Mello, a aquisição é um marco importante para a petrolífera, dentro da "estratégia de diversificação do portfólio para além dos ativos de exploração", concentrados atualmente na bacia do Solimões (Amazonas) e na Namíbia.

A ação da HRT terminou o dia em alta de 6,14 %, cotadas a 4,15 reais, segundo dados preliminares de fechamento. Na máxima da sessão na Bovepsa, o papel chegou a subir 10,5 %.

"Estrategicamente, consideramos positivo (o negócio)... É natural que haja esta valorização, porque tem um certo benefício neste ano, mas ele é pequeno porque o fluxo de caixa deve continuar negativo", disse o analista do BES Securities, Oswaldo Telles, destacando que a empresa hoje tem mais despesas do que "entradas" de capital.

O principal fator para o futuro da HRT, segundo o analista do BES, continua sendo a descoberta de petróleo no Solimões ou na Namíbia. "Neste mês deve sair o primeiro resultado da Namíbia, e também uma perfuração em área nova do Solimões", disse.

Para o especialista do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, Polvo é um campo muito mais apropriado para uma empresa média como a HRT do que para uma empresa grande como a BP, pelo seu tamanho limitado de reserva e produção.

"É um campo que a reserva não é tão grande e a produção não é tão grande... A HRT comprar um campo no pré-sal é difícil, por causa da tecnologia e o dinheiro para isso", explicou Pires.

A produção de Polvo está praticamente estagnada em relação ao volume de um ano atrás, apontam os últimos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Em março de 2013, a produção foi de 13,671 mil barris de óleo por dia, ante 13,580 mil barris no mesmo mês de 2012. Em fevereiro, somou 13,134 mil barris, abaixo dos 13,248 mil barris extraídos em janeiro.

O campo de Polvo está localizado ao sul da bacia de Campos, distante aproximadamente 100 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, a cerca de 100 metros de profundidade de água. A produção comercial iniciou em 2007, e a BP passou a operar o campo desde que adquiriu a participação da Devon, em 2011.

Os demais 40 % do campo pertencem à Maersk.

Desafio

Os papéis da empresa perderam quase três quartos de seu valor nos últimos 12 meses, depois de atingirem uma máxima histórica em 2011, com investidores cautelosos enquanto aguardam anúncios positivos sobre as perfurações de seus poços de petróleo.

Pires destacou que a HRT no Brasil só possuía operação na bacia do Solimões, sofrendo em termos de valorização porque as descobertas têm sido de gás e não de petróleo.

A empresa realiza campanha exploratória em campos terrestres no Solimões, no interior da Amazônia, onde fez descobertas de gás, e na costa da Namíbia, onde começou há poucas semanas a perfuração de poços.

O contrato anunciado nesta segunda-feira também contempla a aquisição de 100 % de participação na empresa BP Energy America LLC, proprietária da plataforma fixa "Polvo A" e de uma sonda de perfuração, equipamentos necessários para a operação do campo.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação final da ANP. Se o negócio for aprovado, a HRT passará a ser operadora do campo de Polvo, segundo o comunicado.

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São Paulo/Rio de Janeiro - A HRT Participações em Petróleo fechou acordo com a BP Energy do Brasil para comprar uma participação de 60 % no campo de Polvo, na bacia de Campos, em anúncio que marca o início das operações em escala comercial da companhia.

Pela fatia no campo, que produz aproximadamente 13 mil barris/dia de petróleo, a HRT pagou 135 milhões de dólares, informou nesta segunda-feira a companhia em nota.

Para o presidente da HRT, Marcio Rocha Mello, a aquisição é um marco importante para a petrolífera, dentro da "estratégia de diversificação do portfólio para além dos ativos de exploração", concentrados atualmente na bacia do Solimões (Amazonas) e na Namíbia.

A ação da HRT terminou o dia em alta de 6,14 %, cotadas a 4,15 reais, segundo dados preliminares de fechamento. Na máxima da sessão na Bovepsa, o papel chegou a subir 10,5 %.

"Estrategicamente, consideramos positivo (o negócio)... É natural que haja esta valorização, porque tem um certo benefício neste ano, mas ele é pequeno porque o fluxo de caixa deve continuar negativo", disse o analista do BES Securities, Oswaldo Telles, destacando que a empresa hoje tem mais despesas do que "entradas" de capital.

O principal fator para o futuro da HRT, segundo o analista do BES, continua sendo a descoberta de petróleo no Solimões ou na Namíbia. "Neste mês deve sair o primeiro resultado da Namíbia, e também uma perfuração em área nova do Solimões", disse.

Para o especialista do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, Polvo é um campo muito mais apropriado para uma empresa média como a HRT do que para uma empresa grande como a BP, pelo seu tamanho limitado de reserva e produção.

"É um campo que a reserva não é tão grande e a produção não é tão grande... A HRT comprar um campo no pré-sal é difícil, por causa da tecnologia e o dinheiro para isso", explicou Pires.

A produção de Polvo está praticamente estagnada em relação ao volume de um ano atrás, apontam os últimos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Em março de 2013, a produção foi de 13,671 mil barris de óleo por dia, ante 13,580 mil barris no mesmo mês de 2012. Em fevereiro, somou 13,134 mil barris, abaixo dos 13,248 mil barris extraídos em janeiro.

O campo de Polvo está localizado ao sul da bacia de Campos, distante aproximadamente 100 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, a cerca de 100 metros de profundidade de água. A produção comercial iniciou em 2007, e a BP passou a operar o campo desde que adquiriu a participação da Devon, em 2011.

Os demais 40 % do campo pertencem à Maersk.

Desafio

Os papéis da empresa perderam quase três quartos de seu valor nos últimos 12 meses, depois de atingirem uma máxima histórica em 2011, com investidores cautelosos enquanto aguardam anúncios positivos sobre as perfurações de seus poços de petróleo.

Pires destacou que a HRT no Brasil só possuía operação na bacia do Solimões, sofrendo em termos de valorização porque as descobertas têm sido de gás e não de petróleo.

A empresa realiza campanha exploratória em campos terrestres no Solimões, no interior da Amazônia, onde fez descobertas de gás, e na costa da Namíbia, onde começou há poucas semanas a perfuração de poços.

O contrato anunciado nesta segunda-feira também contempla a aquisição de 100 % de participação na empresa BP Energy America LLC, proprietária da plataforma fixa "Polvo A" e de uma sonda de perfuração, equipamentos necessários para a operação do campo.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação final da ANP. Se o negócio for aprovado, a HRT passará a ser operadora do campo de Polvo, segundo o comunicado.

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