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Harley aposta em mercados fora dos EUA para evitar novas perdas

Diante do desaquecimento no país de origem, a fabricante de motos tem nas vendas externas uma arma contra a redução de receitas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Fabricante das motos que se tornaram um símbolo da visão americana de liberdade e contestação, a Harley-Davidson entrou para a lista das empresas de veículos dos Estados Unidos que dependem cada vez mais das vendas externas para sobreviver à estagnação do mercado no próprio país de origem.

A empresa registrou uma queda maior do que a esperada nos lucros do quarto trimestre, especialmente nos EUA, depois de reduzir seu calendário de produção como forma de ajudar as revendedoras a reduzir seus estoques. Os ganhos globais da companhia alcançaram 186 milhões de dólares, no último trimestre de 2007, ante lucro de 254 milhões de dólares no mesmo período do ano anterior. A receita trimestral, por sua vez, caiu 8%, de 2006 para 2007, e ficou em 1,39 bilhão de dólares.

Diante do resultado, a companhia informou que continuará monitorando o faturamento e pode reduzir ainda mais a produção, caso a demanda não se recupere. No entanto, os executivos da empresa mantêm as expectativas positivas para o ano, com previsão de aumento entre 4% e 7% nas vendas, em oposição à expectativa de analistas de Wall Street, para os quais o crescimento da empresa será praticamente nulo.

Nesse contexto de expectativa de resultados melhores é que entra a aposta na força do consumo fora do mercado americano. "Enquanto o período nos Estados Unidos é de desafios, nossas subsidiárias no exterior tiveram aumentos de venda na casa dos dois dígitos, tanto no quarto trimestre de 2007 quanto ao longo de todo o ano", afirma o executivo-chefe da Harley Davidson, Jim Ziemer.

O quadro da fabricante de motos aparece alinhado ao das montadoras americanas, que têm apostado nas vendas fora do país, especialmente nas nações emergentes, como forma de contrabalançar o desaquecimento da economia doméstica. Exemplo mais gritante dessa estratégia é o da General Motors, que conseguiu se manter na liderança global do setor, em meio à disputa com a japonesa Toyota, graças às vendas em países como o Brasil.

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