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Grupo de credores afirma que PDVSA está em moratória

O grupo "resolveu combinar os três eventos de crédito acerca da Petróleos de Venezuela e decidiu que houve um default de pagamentos com relação à PDVSA"

PDVSA: a Fitch rebaixou esta semana a nota dos títulos da PDVSA de "C" para "RD" (Howard Yanes/Bloomberg News./Bloomberg)

PDVSA: a Fitch rebaixou esta semana a nota dos títulos da PDVSA de "C" para "RD" (Howard Yanes/Bloomberg News./Bloomberg)

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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 21h20.

A Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA), que reúne detentores de bônus, decidiu nesta quinta-feira (16), durante uma reunião em Nova York, que a petroleira estatal venezuelana PDVSA está em moratória de seus títulos da dívida.

O grupo "resolveu combinar os três eventos de crédito acerca da Petróleos de Venezuela e decidiu que houve um default de pagamentos com relação à PDVSA", de acordo com um curto comunicado.

A ISDA também decidiu convocar outra reunião para a tarde de segunda-feira "para continuar as discussões" sobre o caso.

A entidade havia iniciado reuniões diárias no começo da semana para analisar a situação dos bônus emitidos pela gigante estatal petroleira venezuelana.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou esta semana a nota dos títulos da PDVSA de "C", que representa um "risco extraordinário de default", para "RD", grau de Default Seletivo.

Os títulos da companhia representam 30% da dívida externa venezuelana, estimada em 150 bilhões de dólares, que o presidente Nicolás Maduro quer refinanciar.

A agência Standard & Poor's (S&P) havia declarado a Venezuela em default parcial de sua dívida externa por não conseguir efetuar um pagamento de 200 milhões de dólares mesmo após um período de carência de 30 dias.

Na quarta-feira, a Venezuela conseguiu um respiro às pressões pelo default, ao assinar um acordo para reestruturar 3 bilhões de dólares de dívida com a Rússia.

Segundo o ministério russo das Finanças, o acordo prevê um novo calendário de reembolsos em dez anos com aportes mínimos sobre um crédito concedido em 2011 para compra de armamento russo.

O governo da Venezuela, no entanto, atribui as dificuldades à queda nos preços do petróleo em 2014, a menos da metade do que valia, e às sanções dos Estados Unidos, que proíbem a seus cidadãos negociar a dívida pública venezuelana.

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