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Grife carioca Reserva cria peças com logomarca da Amazon

A etiqueta da Amazon virou moda. A grife carioca Reserva criou uma coleção especial usando a logomarca e inspirada no design das embalagens da varejista.

Moleton com logo da Amazon feito pela Reserva (Amazon/Reprodução)

Mariana Desidério

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 17h07.

Última atualização em 18 de outubro de 2018 às 18h58.

São Paulo – Sabe a etiqueta da sua embalagem Amazon que chega pelo correio? Virou moda. A grife carioca Reserva criou uma coleção especial usando a logomarca da Amazon e inspirada no design das embalagens em papel craft características da gigante do varejo. A edição limitada tem camiseta, boné, casaco, cinto e bolsa. As peças estão disponíveis no site de moda da Amazon desde a madrugada de hoje.

A parceria é a primeira feita pela empresa de Jeff Bezos com uma marca brasileira. Ações semelhantes já ocorreram no Japão, com a grife Ambush, e nos Estados Unidos, com a Calvin Klein.

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Segundo Otávio Alves, gerente geral da divisão de moda da Amazon, a ação é uma forma de reforçar a varejista como um destino fashion no Brasil. “A ideia é posicionar a Amazon como um destino de moda, que traz as tendências e as marcas mais desejadas pelo consumidor brasileiro, como é a Reserva”. A gigante do varejo começou a vender roupas no Brasil em agosto, com 350 mil itens disponíveis na loja virtual, de marcas como Levi’s, Reserva, Animale, Capodarte, Le Lis Blanc e Havaianas.

Para Rony Meisler, CEO da Reserva, a valorização das logomarca da Amazon segue uma tendência da moda. “No mundo do consumo contemporâneo, há marcas que remetem a uma série de valores, mas que você não pode vestir. Quando aparece alguma peça que permite isso, as pessoas querem. É o caso da Amazon”, afirma. A coleção especial começou a ser vendida na madrugada de hoje e já tem peças perto do fim – foram feitas de 40 a 60 unidades de cada item.

Bolsa com etiqueta da Amazon desenhada pela Reserva (Amazon)

Parcerias

Há um ano a Reserva montou uma equipe só focada em colaborações com outras marcas. Já foram realizadas parcerias com a fabricante de jeans Lee e a de tênis Fila. “No mundo de hoje, a propriedade está morrendo. Antes o sonho do jovem  era comprar um carro e uma casa. Hoje não mais. E o consumo também vai para esse lugar. Assim, marcas que ficarem muito fechadas em si mesmas perdem uma grande oportunidade de troca de prestígio e de público”, afirma Meisler.

Além da possibilidade de acessar o consumidor da marca parceria, o CEO defende que as colaborações possibilitam aprendizados sobre nichos de mercado diferentes. No caso da colaboração com a Amazon, o aprendizado para a Reserva tem sido no campo do marketplace.

A ação com a Amazon vem num bom momento para a marca carioca. A Reserva teve um faturamento de 338 milhões de reais em 2017, e espera crescer 25% este ano, chegando a 423 milhões de reais. O grupo tem 83 lojas espalhadas pelo país e agora associa seu nome à maior varejista online do mundo – as peças da coleção colocam os nomes Amazon e Reserva lado a lado.

Já para a Amazon, a associação a uma marca nacional pode ajudar sua escalada na venda de moda pela internet no Brasil. Desde agosto, a varejista passou a concorrer com nomes consolidados no mercado brasileiro, como Netshoes e Dafiti.

Há cinco anos e meio no país, a Amazon operou apenas com a venda de livros durante seus quatro primeiros anos por aqui. Em 2017, começou a diversificar seu portfólio, primeiro com a venda de eletrônicos, depois com o segmento de casa e cozinha. Nos dois casos, a varejista atua somente no modelo marketplace.

A continuidade da parceria entre as marcas ainda é uma incógnita. O CEO da Reserva afirma que a grande procura pelas peças foi uma surpresa e que ainda vai avaliar com a Amazon a possibilidade de estender a colaboração. A linha ficou entre as mais vendidas do dia na loja de moda da varejista. A Amazon não comenta a possibilidade de outras colaborações, seja com a Reserva, seja com outras grifes.

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