No total, 13 paralisações comprometeram produtividade do grupo (Drawlio Joca)
Daniela Barbosa
Publicado em 24 de maio de 2012 às 14h07.
São Paulo - No ano passado, cerca de 40.000 funcionários da Odebrecht entraram em greve. No total, foram 13 paralisações que comprometeram 8,5% da produtividade do grupo.
Para Marcelo Odebrecht, presidente da companhia, as razões para tantas paralizações estão diretamente relacionadas à falta de flexibilidade das leis trabalhistas.
"A sensação que dá é que os trabalhadores no Brasil são todos menores de idade. Falta um diálogo mais aberto entre empregado e empregador. Precisamos flexibilizar as leis trabalhistas, principalmente em momentos de crise", afirmou o executivo.
Segundo Odebrecht, é preciso deixar claro que o empregador não quer diminuir a renda dos trabalhadores. "Queremos reduzir os custos trabalhistas no país e isso não significa perdas fiscais", disse o executivo.
O executivo defende que o Brasil precisaria seguir o exemplo da indústria na Alemanha, que, em 2008, mesmo diante de uma das maiores crises econômicas, não demitiu ninguém e sim flexibilizou horários e salários.
“Precisamos de mais flexibilidades, principalmente para alguns setores, como construção civil, serviços e agricultura que são mais impactados. Uma Braskem, por exemplo, por seu uma indústria de base sobre menos impactos”, afirmou o executivo.
Odebrecht participou, nesta quinta-feira, como palestrante, do Fórum EXAME CNI - Trabalho e Competitividade, Desafios para o Brasil.