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Greve na Petrobras parou 23 plataformas da Bacia de Campos

Cerca de 500 mil barris de petróleo por dia (bpd) deixaram de ser produzidos desde o início do movimento.

Petrobras (Caninde Soares)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2015 às 16h13.

Rio - Das 44 plataformas instaladas na Bacia de Campos para a produção de petróleo e gás natural, 23 estão com o funcionamento completamente interrompido durante a greve liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Outras oito plataformas operam parcialmente. Com isso, cerca de 500 mil barris de petróleo por dia (bpd) deixaram de ser produzidos desde o início do movimento, às 19h de ontem, estima o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), ligado à federação. O volume representa 25% da produção total da Petrobras.

O balanço da greve, com o número fechado sobre o efeito na produção, deve ser apresentado pela FUP por volta das 18h. Em cinco plataformas da Bacia de Campos, a produção está sendo mantida por pessoal de contingência selecionado pela Petrobras . O diretor do Sindipetro-NF, Leonardo Ferreira, acusa a empresa de escalar para o trabalho funcionários que ocupam cargos de coordenação, sem experiência na rotina operacional.

Em nota oficial, a Petrobras informou que toma medidas para garantir "a segurança dos trabalhadores e das instalações" e também para manter abastecido o mercado interno de combustíveis. Segundo a empresa, as consequências da greve ainda são avaliadas. "Em alguns locais, estão ocorrendo bloqueios de acessos, cortes de rendição de turno e ocupação", diz o comunicado da Petrobras.

A produção na Bacia de Campos poderá parar caso a direção da Petrobras se negue a negociar com os petroleiros, disse Ferreira, do Sindipetro-NF. Ao mesmo tempo, ele nega que seja essa a intenção dos grevistas. "O que queremos, de fato, é forçar a direção a sentar com os trabalhadores para conversar. Como o mercado será abastecido é um problema da Petrobras, não nosso", afirmou.

A Bacia de Campos responde por pouco mais de 70% da produção nacional de petróleo dos 2 milhões de bpd de petróleo extraídos no País. Para paralisar totalmente o Norte Fluminense, os grevistas ainda têm de intervir no funcionamento de sete plataformas que hoje estão em pleno funcionamento.

A pauta de reivindicação da FUP não inclui ganhos trabalhistas, mas tem caráter político, segundo Ferreira. O alvo é o plano de desinvestimento da Petrobras. Os sindicalistas querem evitar a venda de ativos da petroleira e a perda de postos de trabalho. No mês passado, a direção da Petrobras anunciou que o conselho de administração aprovou a venda de 49% da Gaspetro, subsidiária de distribuição de gás natural, e que ainda procura um sócio para a BR Distribuidora. Essa tem sido a solução apresentada pela Petrobras em resposta ao alto endividamento que compromete sua capacidade de investimento.

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Rio - Das 44 plataformas instaladas na Bacia de Campos para a produção de petróleo e gás natural, 23 estão com o funcionamento completamente interrompido durante a greve liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Outras oito plataformas operam parcialmente. Com isso, cerca de 500 mil barris de petróleo por dia (bpd) deixaram de ser produzidos desde o início do movimento, às 19h de ontem, estima o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), ligado à federação. O volume representa 25% da produção total da Petrobras.

O balanço da greve, com o número fechado sobre o efeito na produção, deve ser apresentado pela FUP por volta das 18h. Em cinco plataformas da Bacia de Campos, a produção está sendo mantida por pessoal de contingência selecionado pela Petrobras . O diretor do Sindipetro-NF, Leonardo Ferreira, acusa a empresa de escalar para o trabalho funcionários que ocupam cargos de coordenação, sem experiência na rotina operacional.

Em nota oficial, a Petrobras informou que toma medidas para garantir "a segurança dos trabalhadores e das instalações" e também para manter abastecido o mercado interno de combustíveis. Segundo a empresa, as consequências da greve ainda são avaliadas. "Em alguns locais, estão ocorrendo bloqueios de acessos, cortes de rendição de turno e ocupação", diz o comunicado da Petrobras.

A produção na Bacia de Campos poderá parar caso a direção da Petrobras se negue a negociar com os petroleiros, disse Ferreira, do Sindipetro-NF. Ao mesmo tempo, ele nega que seja essa a intenção dos grevistas. "O que queremos, de fato, é forçar a direção a sentar com os trabalhadores para conversar. Como o mercado será abastecido é um problema da Petrobras, não nosso", afirmou.

A Bacia de Campos responde por pouco mais de 70% da produção nacional de petróleo dos 2 milhões de bpd de petróleo extraídos no País. Para paralisar totalmente o Norte Fluminense, os grevistas ainda têm de intervir no funcionamento de sete plataformas que hoje estão em pleno funcionamento.

A pauta de reivindicação da FUP não inclui ganhos trabalhistas, mas tem caráter político, segundo Ferreira. O alvo é o plano de desinvestimento da Petrobras. Os sindicalistas querem evitar a venda de ativos da petroleira e a perda de postos de trabalho. No mês passado, a direção da Petrobras anunciou que o conselho de administração aprovou a venda de 49% da Gaspetro, subsidiária de distribuição de gás natural, e que ainda procura um sócio para a BR Distribuidora. Essa tem sido a solução apresentada pela Petrobras em resposta ao alto endividamento que compromete sua capacidade de investimento.

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