Petrobras, 22% (EXAME/Arquivo)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 22h30.
Campinas - Cerca de 8 mil funcionários terceirizados da Refinaria de Paulínia (Replan) que trabalham nas obras de ampliação e modernização da unidade entraram em greve nesta terça-feira por melhores salários. A paralisação não afeta nem a produção nem a distribuição na refinaria, segundo a Petrobras.
Os terceirizados trabalham na construção civil e são responsáveis pelas obras de modernização da Replan. A categoria reivindica 15% de reajuste salarial, além de R$ 100 de vale-alimentação, aumento na Participação de Lucros e Resultados (PLR) de R$ 1,7 mil para R$ 2,5 mil, e plano de saúde com abrangência nacional.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliário de Campinas e Região, Hamilton Mendes dos Santos, os funcionários aguardavam uma proposta da comissão de empresas responsáveis pelas obras na segunda-feira, o que não teria ocorrido, e por isso foi deflagrada a greve.
Uma comissão formada pelas empresas que terceirizam funcionários para a Replan ofereceu 8% de reajuste, mais R$ 50 de vale-alimentação, R$ 2 mil de participação de lucros e manutenção do atual plano de saúde, sem abrangência nacional, mas a proposta foi recusada. "Nas negociações com o setor patronal, houve avanço em diversas reivindicações, mas os trabalhadores estão irresolutos em duas cláusulas: o reajuste salarial e o plano de saúde", disse Santos.
Ampliação
A Petrobras está investindo US$ 4,5 bilhões até 2014 nas obras de modernização e ampliação da Replan. A unidade é responsável por mais de 20% do abastecimento do mercado nacional. A refinaria tem capacidade de processamento de 360 mil barris por dia de petróleo.
O principal produto da refinaria é o óleo diesel. São produzidos ainda gasolina, GLP, nafta, querosene, coque e asfalto. A refinaria, que é a maior da estatal no Brasil e está entre as 20 maiores do mundo, terá sua produção ampliada com o fim das obras até 2014.