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Grécia congela salários de funcionários públicos

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um congelamento nos salários dos funcionários públicos, como parte das medidas para reduzir o imenso déficit orçamentário do país. "Estamos passando por uma crise sem precedentes", disse Papandreou em um discurso transmitido pela tevê. "É uma prioridade absoluta reduzir o déficit. Através do aumento da receita, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um congelamento nos salários dos funcionários públicos, como parte das medidas para reduzir o imenso déficit orçamentário do país. "Estamos passando por uma crise sem precedentes", disse Papandreou em um discurso transmitido pela tevê. "É uma prioridade absoluta reduzir o déficit. Através do aumento da receita, da redução do desperdício e através do corte de gastos."

As declarações de Papandreou ocorrem um dia antes da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), emitir seu parecer sobre o plano de três anos elaborado pelo governo grego para cortar gastos e elevar a arrecadação com objetivo de trazer o déficit orçamentário da Grécia em linha com o limite de 3% da UE até 2012. Em 2009, a Grécia registrou um déficit orçamentário equivalente a 12,7% do PIB.

Espera-se que a Comissão Europeia diga que as medidas são factíveis - embora com um alerta de que o país poderá precisar adotar cortes adicionais nos custos e impostos mais altos.

No discurso, Papandreou disse que a Grécia vai submeter a longamente aguardada legislação para reforma do sistema tributário do país na próxima semana - várias semanas antes do programado. O governo pretende fechar dezenas de brechas fiscais e acabar com a disseminada prática de evasão fiscal. "Existe um nível abusivo de evasão fiscal (na Grécia) que pesa injustamente sobre toda a sociedade", disse Papandreou.

Além dos congelamento dos salários, Papandreou disse que a Grécia vai elevar os impostos sobre combustíveis, uma medida que o governo resistia em adotar, mas que deverá gerar centenas de milhões de euros em receita.

Papandreou também falou sobre as medidas que a Grécia já se comprometeu a adotar, incluindo um corte de 10% nos gastos dos ministérios, um corte de 10% nos salários suplementares para funcionários públicos e o congelamento nas novas contrações.

Nesta manhã, Papandreou se reuniu com os líderes dos quatro partidos de oposição na Grécia em um esforço para construir um consenso político ao redor das medidas. O governo socialista de Papandreou, eleito em uma esmagadora vitória no dia 4 de outubro, controla uma confortável maioria de 160 cadeiras no parlamento de 300 membros. E recentes pesquisas de opinião mostram que o governo ainda conta com amplo apoio público. As informações são da Dow Jones.

 

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