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GPA quer abrir 20 lojas Assaí por ano até 2020

Entre outubro e novembro, o GPA abriu nove lojas Assaí no país, quase metade da meta de novos pontos da bandeira previstos para este ano

Assai:"Estamos em momento de calibrar (o investimento) com a geração de caixa", disse o presidente da GPA (Paulo Whitaker/Reuters)

Assai:"Estamos em momento de calibrar (o investimento) com a geração de caixa", disse o presidente da GPA (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 20h42.

Última atualização em 6 de dezembro de 2017 às 09h56.

São Paulo - O GPA estima investir em 2018 o mesmo a ser aplicado em 2017, cerca de 1,3 bilhão de reais, mantendo estratégia de focar abertura de novas lojas no formato de atacado, cuja bandeira Assaí deverá abrir 20 unidades por ano até 2020, afirmaram executivos da rede de varejo nesta terça-feira.

"Estamos em momento de calibrar (o investimento) com a geração de caixa... Estamos pondo dinheiro onde dá mais retorno", disse o presidente-executivo do GPA, Ronaldo Iabrudi, a jornalistas. Ele acrescentou que orçamento da companhia para o próximo ano será aprovado na próxima semana.

O executivo afirmou que a unidade de móveis e eletrodomésticos Via Varejo seguirá listada como ativo à venda, mas ponderou que o valor de mercado da unidade tem crescido nos últimos meses diante de melhora na demanda por eletrodomésticos apoiada pela deflação de alimentos e reestruturação promovida pelo grupo.

"Não queremos deixar dinheiro na mesa, o Brasil no ano que vem vai crescer mais que este ano. A deflação de alimentos elevou disponibilidade de recursos para outras compras e o mundo do eletrodoméstico se beneficia disso", disse Iabrudi. "Estamos com a companhia (Via Varejo) à venda, mas não temos pressa", acrescentou, evitando comentar se o GPA já recebeu ofertas.

O GPA colocou a Via Varejo como ativo à venda em novembro do ano passado, mas o vice-presidente de finanças, Christophe Hidalgo, comentou que não há um limite legal de prazo para manter a unidade separada do restante do grupo enquanto aguarda por uma oferta.

"Faz três trimestres que eu respondo a essa pergunta (se a Via Varejo segue listada como ativo à venda) e continuo respondendo da mesma forma: o que mais sabemos fazer está no mundo alimentar, queremos liberar recursos para focar nossa expansão no alimentar", disse Iabrudi.

Por conta até do crescimento da economia e da abertura de novas lojas Assaí, o GPA espera resultados melhores que os deste ano em 2018, mas Iabrudi e o vice-presidente de finanças, Christophe Hidalgo, evitaram dar projeções precisas. "Ano eleitoral normalmente tem mais dinheiro na praça, mas vai ter muita volatilidade."

Entre outubro e novembro, o GPA abriu nove lojas Assaí no país, quase metade da meta de novos pontos da bandeira previstos para este ano.

Na avaliação de Iabrudi, a deflação de alimentos deve retroceder no próximo ano, mas o desempenho no primeiro trimestre "ainda vai sofrer um pouco... A safra vai crescer menos, mas ainda vai ser um crescimento importante", disse o executivo.

Nos planos da companhia para o próximo ano estão crescimento de vendas do Assaí acima da inflação de alimentos e a área de multivarejo, que reúne super e hipermercados, apresentando vendas em linha com os preços dos alimentos.

O GPA também espera obter 75 milhões de dólares em sinergias com negócios latino-americanos do grupo Casino , seu controlador. Iabrudi explicou que o GPA trabalha em pelo menos 16 projetos conjuntos com a rede Éxito que incluem marcas próprias, compras conjuntas junto a fornecedores e tecnologia.

Sobre os efeitos da reforma trabalhista, Iabrudi afirmou que o GPA avalia adotar o regime de 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso a partir de 2018, avaliando que o esquema faz mais sentido aos funcionários do grupo, que somam cerca de 90 mil no país.

"Nossos colaboradores recebem 1.200, 1.800 reais (por mês) e no esquema atual eles têm que vir ao trabalho 21 vezes e no esquema de 12 por 36 eles viriam 15 vezes, faz mais sentido considerando os custos de deslocamento que eles têm", disse o executivo.

"O ideal seria adotar isso na empresa toda, mas estamos avaliando pilotos", acrescentou, afirmando ainda que a opção de trabalho intermitente faria sentido em épocas promocionais como a Black Friday.

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