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Governo italiano planeja assumir fatia majoritária em banco

Governo já é o maior acionista do banco Monte dei Paschi, com uma fatia de 4 por cento, mas planeja elevar sua participação para 40 por cento

Banco Monte dei Paschi: Estado compraria títulos subordinados de investidores do varejo e os converteria em ações (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 09h34.

Roma - A Itália se prepara para assumir uma participação majoritária de 2 bilhões de euros no banco Monte dei Paschi di Siena, após as expectativas da instituição de conseguir um financiamento privado se dissiparem com a renúncia do primeiro-ministro Matteo Renzi, disseram duas fontes a par do assunto.

O governo italiano já é o maior acionista do banco, com uma fatia de 4 por cento, mas planeja comprar títulos detidos por italianos para elevar sua participação para 40 por cento, informaram as fontes. Ao assumir fatia majoritária, o Tesouro poderia controlar o terceiro maior banco da Itália e também as reuniões de acionistas.

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Conforme as fontes, um decreto do governo autorizando o acordo, no qual o Estado compraria títulos subordinados de investidores do varejo e os converteria em ações, pode sair ainda neste fim de semana.

O Monte dei Paschi precisa levantar 5 bilhões de euros até o fim deste mês, mas investidores privados estão relutantes em ceder capital depois que Renzi perdeu o referendo no domingo e anunciou planos de renunciar ao cargo.

O banco deve captar 1 bilhão de euros por meio de uma conversão de bônus com investidores institucionais e Roma espera que uma participação de 2 bilhões de euros pelo governo possa persuadir outros a participar da injeção de capital.

"É uma nacionalização de-facto com forte presença do Estado que pode atrair outros investidores e permitir que a transação seja concluída", disse uma das fontes.

O Tesouro e o Monte dei Paschi se recusaram a comentar.

Renzi deve deixar o cargo dentro de alguns dias e pode ser substituído pelo ministro de Economia ou outro político. Mas uma eleição antecipada pode ser convocada no próximo ano, alimentando temores entre investidores de que um partido contrário à zona do euro possa assumir a liderança do país.

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