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Governo chileno lamenta que MMX abandone projeto

"Nos dói que um projeto mineiro não seja realizado, isso nos preocupa", comentou o ministro da Economia, Pablo Longueira


	Mineração: em nota divulgada nesta sexta, a empresa brasileira disse que tinha tomado a decisão após comprovar que o projeto "não era tão atrativo".
 (Divulgação)

Mineração: em nota divulgada nesta sexta, a empresa brasileira disse que tinha tomado a decisão após comprovar que o projeto "não era tão atrativo". (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 17h19.

Santiago do Chile - O Governo chileno lamentou nesta sexta-feira que a empresa brasileira MMX, de Eike Batista, tenha decidido abandonar um projeto para explorar minério de ferro na região de Atacama.

"Nos dói que um projeto mineiro não seja realizado, isso nos preocupa. Infelizmente, na região do Atacama foram impedidos muitos projetos que são relevantes para o país", comentou aos jornalista o ministro da Economia, Pablo Longueira.

Em nota divulgada nesta sexta, a empresa brasileira disse que tinha tomado a decisão após comprovar que o projeto "não era tão atrativo" em termos financeiros como foi visto há quatro anos, quando obteve os direitos de exploração.

"Após uma cuidadosa revisão e após debater com as equipes técnicas e financeira, o conselho da MMX decidiu revisar sua estratégia de ativos mineiros de Chile", indicou a empresa.

Segundo Longueira, no Chile "há um problema jurídico para poder desenvolver estes projetos", se referindo aparentemente a uma decisão judicial que mantém a construção paralisada, em Atacama, da central térmica Castela, pertencente ao mesmo Eike Batista.

A central era projetava principalmente para abastecer de energia às minas do magnato brasileiro na região, a cerca de 800 quilômetros de Santiago.

A companhia brasileira disse, além disso, que a decisão não afeta suas operações no Chile e que mantém a construção de um porto para a exportação de ferro na cidade de Copiapó, na mesma região de Atacama.

O ministro chileno de Economia advertiu também que decisões como a adotada pela MMX podem afetar a competitividade do país.

"O Chile não pode perder a competitividade que tem nesta área. Os chilenos têm que tomar consciência de que o Peru está fazendo uma praça crescentemente atrativa para os desenvolvimentos mineiros", manifestou. 

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