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Google gasta com lobby para entrar no debate da espionagem

Buscador contratou lobistas e levou políticos a abrirem caminho para vitórias na Comissão Federal de Comunicações e na Comissão Federal do Comércio

Google: companhia está mudando seu escritório de Washington para mais perto do Capitólio (Bobby Yip/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 16h16.

Washington - A Google Inc. está mudando seu escritório de Washington para mais perto do Capitólio depois de gastar US$ 18,2 milhões com lobby, mais que a Northrop Grumman Corp. e o suficiente para posicionar a empresa de tecnologia como a oitava que mais gasta com serviços de advocacia.

Este é um investimento que já está rendendo um aumento de influência. A Google contratou lobistas e levou políticos a abrirem caminho para vitórias na Comissão Federal de Comunicações e na Comissão Federal do Comércio dos EUA. A empresa também tem entrada na Casa Branca, onde um empregado de licença está ajudando a resolver problemas na página do Obamacare na internet.

A mudança de um escritório com dois lobistas, dez anos atrás, para um que agora tem pelo menos 11 e a resultante rede de conexões ajudarão em um momento em que a Google procura acabar com as intromissões da Agência de Segurança Nacional em seus dados, o que a empresa chama de um “ultraje”.

“A Google se colocou em posição de ser ouvida quando precisar ser ouvida”, disse Jeffrey Birnbaum, presidente da BGR Public Relations, uma empresa de estratégia de mídia com sede em Washington, em entrevista. “As autoridades pelo menos sabem o que a Google está pensando e que políticas prefere”.

A operadora do mais popular mecanismo de busca pela internet do mundo aprendeu uma lição que a Microsoft Corp. absorveu de um jeito difícil, quando sua negligência em relação a Washington nos anos 1990 antecederam um processo antitruste.

A Google adotou as ferramentas para ganhar influência: dinheiro de campanha, lobistas atentos e amigos em ambos os lados da divisão partidária. No ano passado, a empresa do Vale do Silício contratou a ex-deputada republicana Susan Molinari para chefiar seu escritório em Washington e o presidente Eric Schmidt foi um famoso colaborador e apoiou a reeleição do presidente Barack Obama.

Necessidade de lobista

“Realmente isso apenas reflete o que a Microsoft aprendeu”, disse Melanie Sloan, diretora-executiva do grupo de fiscalização Cidadãos por Responsabilidade e Ética em Washington, em entrevista. “O Vale do Silício tinha essa visão de que Washington é irrelevante e de que o que eles fazem é o futuro. De repente você percebe que isso é o que você pensa, no fundo do coração, mas que mesmo assim você precisará de um lobista”.

A Google está pedindo ao Congresso permissão para anunciar ao público quão frequentemente as empresas de tecnologia entregam dados de clientes em resposta a pedidos do governo. Entre as empresas que estão se unindo em um esforço para dar maior transparência a seus clientes estão a Facebook Inc., a Apple Inc., a Microsoft e a AOL Inc.


A administração Obama se opõe a permitir que as empresas revelem dados a respeito de pedidos do governo. O Departamento de Justiça dos EUA, em um documento judicial, disse que permitir que as empresas revelem estatísticas a respeito de pedidos de vigilância ajudaria os adversários.

Há uma mudança em relação a 2003, o ano em que a Google usou pela primeira vez lobistas federais. Na época, a empresa gastou menos de US$ 100 mil e fiou-se em dois lobistas, ambos funcionários da empresa Public Policy Partners LLC, segundo documentos de lobby revelados.

Para as eleições de 2012, funcionários e grupos da Google doaram US$ 3,8 milhões para campanhas políticas, incluindo US$ 802 mil para Obama e US$ 40 mil para seu oponente republicano, Mitt Romney, segundo o Centro para Políticas Responsáveis. As doações políticas da Google a comitês somaram US$ 876 mil distribuídos quase igualmente entre republicanos e democratas.

Niki Fenwick, porta-voz da Google, em um e-mail preferiu não comentar.

A Google se uniu a Red Hat Inc., Oracle Corp. e outras empresas de tecnologia, contribuindo com engenheiros da computação e programadores para ajudar a administração Obama a arrumar o website de mudança do seguro de saúde dos EUA, criado sob a Lei de Proteção ao Paciente e Serviços de Saúde Acessíveis, de 2010. Um funcionário de licença da Google está participando.

Boa vontade

Isso pode ajudar a construir boa vontade com a administração mesmo em um momento em que o Google se opõe à NSA, embora isso possa gerar riscos no Congresso.

Ao ajudar a Casa Branca, a Google pode irritar os republicanos, disse John Feehery, um ex-assessor da liderança republicana na Câmara. Ele citou o exemplo do CEO da General Electric Co., Jeffrey Immelt, que está dirigindo um painel de empregos para a administração Obama.

“Os republicanos veem isso e dizem ‘Ok, você está ajudando o Obama - que diabos você está fazendo?’”, disse Feehery, que é presidente da QGA Public Affairs. “Isso poderia definitivamente causar atrito do outro lado”.

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Washington - A Google Inc. está mudando seu escritório de Washington para mais perto do Capitólio depois de gastar US$ 18,2 milhões com lobby, mais que a Northrop Grumman Corp. e o suficiente para posicionar a empresa de tecnologia como a oitava que mais gasta com serviços de advocacia.

Este é um investimento que já está rendendo um aumento de influência. A Google contratou lobistas e levou políticos a abrirem caminho para vitórias na Comissão Federal de Comunicações e na Comissão Federal do Comércio dos EUA. A empresa também tem entrada na Casa Branca, onde um empregado de licença está ajudando a resolver problemas na página do Obamacare na internet.

A mudança de um escritório com dois lobistas, dez anos atrás, para um que agora tem pelo menos 11 e a resultante rede de conexões ajudarão em um momento em que a Google procura acabar com as intromissões da Agência de Segurança Nacional em seus dados, o que a empresa chama de um “ultraje”.

“A Google se colocou em posição de ser ouvida quando precisar ser ouvida”, disse Jeffrey Birnbaum, presidente da BGR Public Relations, uma empresa de estratégia de mídia com sede em Washington, em entrevista. “As autoridades pelo menos sabem o que a Google está pensando e que políticas prefere”.

A operadora do mais popular mecanismo de busca pela internet do mundo aprendeu uma lição que a Microsoft Corp. absorveu de um jeito difícil, quando sua negligência em relação a Washington nos anos 1990 antecederam um processo antitruste.

A Google adotou as ferramentas para ganhar influência: dinheiro de campanha, lobistas atentos e amigos em ambos os lados da divisão partidária. No ano passado, a empresa do Vale do Silício contratou a ex-deputada republicana Susan Molinari para chefiar seu escritório em Washington e o presidente Eric Schmidt foi um famoso colaborador e apoiou a reeleição do presidente Barack Obama.

Necessidade de lobista

“Realmente isso apenas reflete o que a Microsoft aprendeu”, disse Melanie Sloan, diretora-executiva do grupo de fiscalização Cidadãos por Responsabilidade e Ética em Washington, em entrevista. “O Vale do Silício tinha essa visão de que Washington é irrelevante e de que o que eles fazem é o futuro. De repente você percebe que isso é o que você pensa, no fundo do coração, mas que mesmo assim você precisará de um lobista”.

A Google está pedindo ao Congresso permissão para anunciar ao público quão frequentemente as empresas de tecnologia entregam dados de clientes em resposta a pedidos do governo. Entre as empresas que estão se unindo em um esforço para dar maior transparência a seus clientes estão a Facebook Inc., a Apple Inc., a Microsoft e a AOL Inc.


A administração Obama se opõe a permitir que as empresas revelem dados a respeito de pedidos do governo. O Departamento de Justiça dos EUA, em um documento judicial, disse que permitir que as empresas revelem estatísticas a respeito de pedidos de vigilância ajudaria os adversários.

Há uma mudança em relação a 2003, o ano em que a Google usou pela primeira vez lobistas federais. Na época, a empresa gastou menos de US$ 100 mil e fiou-se em dois lobistas, ambos funcionários da empresa Public Policy Partners LLC, segundo documentos de lobby revelados.

Para as eleições de 2012, funcionários e grupos da Google doaram US$ 3,8 milhões para campanhas políticas, incluindo US$ 802 mil para Obama e US$ 40 mil para seu oponente republicano, Mitt Romney, segundo o Centro para Políticas Responsáveis. As doações políticas da Google a comitês somaram US$ 876 mil distribuídos quase igualmente entre republicanos e democratas.

Niki Fenwick, porta-voz da Google, em um e-mail preferiu não comentar.

A Google se uniu a Red Hat Inc., Oracle Corp. e outras empresas de tecnologia, contribuindo com engenheiros da computação e programadores para ajudar a administração Obama a arrumar o website de mudança do seguro de saúde dos EUA, criado sob a Lei de Proteção ao Paciente e Serviços de Saúde Acessíveis, de 2010. Um funcionário de licença da Google está participando.

Boa vontade

Isso pode ajudar a construir boa vontade com a administração mesmo em um momento em que o Google se opõe à NSA, embora isso possa gerar riscos no Congresso.

Ao ajudar a Casa Branca, a Google pode irritar os republicanos, disse John Feehery, um ex-assessor da liderança republicana na Câmara. Ele citou o exemplo do CEO da General Electric Co., Jeffrey Immelt, que está dirigindo um painel de empregos para a administração Obama.

“Os republicanos veem isso e dizem ‘Ok, você está ajudando o Obama - que diabos você está fazendo?’”, disse Feehery, que é presidente da QGA Public Affairs. “Isso poderia definitivamente causar atrito do outro lado”.

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