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Google entrará com pedido de falência na Rússia, diz agência

A falência viria após o Google ter bens bloqueados na Rússia por não restringir conteúdo contra o governo

Google: o embate aberto com as big techs é um movimento sem precedentes na Rússia (NurPhoto/Getty Images)

Google: o embate aberto com as big techs é um movimento sem precedentes na Rússia (NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2022 às 12h04.

Última atualização em 19 de maio de 2022 às 10h22.

A subsidiária do Google na Rússia oficializou a intenção de pedir falência após ter suas contas congeladas pelas autoridades do país. A informação foi divulgada pela agência Reuters e comunicada às autoridades nesta quarta-feira, 18.

A Alphabet, dona do Google, tem sido pressionada pelo governo russo a restringir acesso a conteúdo que o Kremlin classifica como ilegal, como vídeos no YouTube com discurso contrário a Moscou.

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"A apreensão das autoridades russas da conta bancária do Google Rússia tornou insustentável o funcionamento de nosso escritório na Rússia, incluindo empregar e pagar funcionários baseados na Rússia, pagar fornecedores e vendedores e cumprir outras obrigações financeiras", disse um porta-voz do Google, segundo publicado pela Reuters.

O Google Rússia publicou um aviso às autoridades de suas intenções de pedir falência.

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A situação vinha desde o fim do ano passado, e o embate se intensificou com o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro. O governo russo tem implementado restrições em informações sobre a guerra, chamada pelo Kremlin de "operação especial".

Esta é a primeira vez que o Google aponta que sua conta bancária na Rússia foi bloqueada. Ainda não se sabe se todos os recursos da empresa foram envolvidos ou se somente uma parte.

Anteriormente, havia a informação de que um 1 bilhão de rublos (cerca de 15 milhões de dólares) do Google haviam sido congelados após a empresa não bloquear um canal de TV sancionado pelo governo.

Antes da guerra, em dezembro, a Rússia já havia decidido multar o Google em mais de 7 bilhões de rublos por não restringir certos conteúdos. Na ocasião, foi a primeira decisão do tipo na Rússia contra uma empresa americana de tecnologia.

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Historicamente, o governo Vladimir Putin, embora seja criticado por violações de direitos humanos e liberdade de expressão, ainda não havia lançado abertamente campanhas contra as plataformas de tecnologia, como acontece na China.

O Google afirma que seus serviços gratuitos continuariam funcionando na Rússia, como o buscador, o servidor de e-mails Gmail, o sistema operacional de celular Android e o serviço de vídeos YouTube, entre outros.

O governo russo já havia dito nesta semana que não pretendia bloquear o YouTube no país ou retirar a Rússia totalmente da internet, como chegou a ser ventilado no início da guerra.

Embora haja redes sociais especificamente russas muito populares no país, o YouTube é também uma das plataformas mais usadas, com mais de 90 milhões de usuários mensais.

O Kremlin também restringiu em março acesso parcial às plataformas da Meta (que inclui Facebook, Instagram e WhatsApp) e Twitter. Além da moderação de conteúdo de opositores, parte do embate vem após as plataformas restringirem acesso à mídia estatal russa em alguns países em meio à guerra.

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