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Gol reporta prejuízo de R$ 1,2 bi no 2º tri e revisa projeções para 2021

A companhia projeta ainda geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,7 bilhão no segundo semestre, ante projeção inicial de R$ 2 bilhões

Gol: conversas com a Azul estariam avançando com uma solução via troca de ações da Abra, diz agência

Foto: Germano Lüders
24/04/2020 (Germano Lüders/Exame)

Gol: conversas com a Azul estariam avançando com uma solução via troca de ações da Abra, diz agência Foto: Germano Lüders 24/04/2020 (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2021 às 11h52.

Última atualização em 29 de julho de 2021 às 14h47.

O setor de aviação foi mais uma vez fortemente impactado pela pandemia, dessa vez pela segunda onda de covid-19 no Brasil. A Gol registrou prejuízo líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre, ampliando as perdas de R$ 771,8 milhões de um ano antes.

Embora o discurso seja de ritmo crescente da demanda, a companhia revisou para baixo as projeções para o segundo semestre, com expectativa de geração de caixa reduzida e aumento de dívida.

A Gol informou em documento de atualização ao investidor que espera encerrar o segundo semestre do ano com R$ 4,2 bilhões em liquidez, ante R$ 4,5 bilhões projetados anteriormente, além de uma dívida líquida ajustada de R$ 15,3 bilhões, ante R$ 14,8 bilhões projetados anteriormente. A aérea afirma que diversas iniciativas são relevantes “para assegurar que a Gol mantenha a liquidez nos patamares esperados no final de 2021”.

A companhia projeta ainda geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,7 bilhão no segundo semestre, ante projeção inicial de R$ 2 bilhões. No segundo trimestre, a aérea reportou Ebitda negativo, de R$ 466,6 milhões, ampliando resultado negativo de R$ 282,5 milhões um ano antes.

O desempenho ocorre em meio à recuperação dos indicadores operacionais, que no mesmo período de 2020 foram impactados pela primeira onda da covid-19 no País. De abril a junho deste ano, a companhia registrou avanço de 344% da demanda, medida pelo número de passageiro-quilômetro transportado pago (RPK, no jargão do setor), em relação ao mesmo intervalo de 2020.

Já a oferta, medida pelo assento quilômetro ofertado (ASK), avançou 307,4% na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação da companhia foi de 85,1% no segundo trimestre, ante 78 1% um ano antes.

Em balanço, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, demonstrou otimismo. “O progresso na vacinação é promissor para a recuperação contínua da economia doméstica e o aumento na demanda de viagens, à medida em que os brasileiros se sentirem seguros para retornar às suas rotinas normais”, afirmou no documento.

No entanto, a Gol também está ajustando sua frota para o segundo semestre para “adequar os custos operacionais aos patamares atuais de vendas e demanda”. A companhia irá operar

102 aeronaves em sua malha, ante 110 projetado anteriormente. Ainda assim, o número representa um aumento de 56% sobre o primeiro semestre.

Endividamento

A dívida líquida da Gol cresceu 6% sobre igual período do ano passado, para R$ 14,2 bilhões. Já a dívida bruta registrou ligeira queda de 5,3%, para R$ 15,3 bilhões. Em balanço, a companhia afirma que “tem trabalhado para fortalecer margens e manteve seu custo fixo reduzido em comparação ao pré-pandemia, além de converter seus custos fixos de folha e arrendamento para variável”.

A liquidez total da aérea foi de R$ 1,81 bilhão no segundo trimestre, queda de 45,1% sobre igual período de 2020. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda ajustado foi de 10,1 vezes de abril a junho, ante 3,3 vezes em igual intervalo do ano passado, demonstrando que a companhia continua tentando se ajustar às oscilações do mercado.

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