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GM vai renovar todo o portfólio de carros no Brasil em dois anos

Montadora destinará também 5,42 bilhões de reais até 2012 para melhoria de plantas, fábricas e de pessoal

Denise Johnson, da GM do Brasil: investimentos bilionários programados (.)

Denise Johnson, da GM do Brasil: investimentos bilionários programados (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - Desde que assumiu o cargo de presidente da filial brasileira da General Motors (GM) em 1º de julho, a americana Denise C. Johnson, na companhia há 21 anos, tem a tarefa de manter o crescimento da unidade do Brasil. Apesar da concordata da matriz, a GM brasileira se manteve firme frente à quebradeira provocada pela crise internacional de 2008.

A estratégia inicial já está definida. "Nós vamos renovar completamente o portfólio de carros nos próximos dois anos", disse Denise, no simpósio sobre tendências e inovação da indústria automotiva, realizado pelo SAE Brasil nesta segunda-feira (30/8).

Um dos pontos levantados por ela para mostrar a importância do mercado brasileiro foi o bom desempenho da marca Chevrolet - carro-chefe no Brasil. Em 2010, foram vendidas cerca de 660.000 unidades - um crescimento de 80% em relação a 2000. Com esse salto, o país se tornou o terceiro mercado da GM no mundo e o segundo para a marca Chevrolet.
Bilhões em investimentos

Com o bom crescimento de vendas, além de um consumo aquecido com a ascensão da classe C graças às facilidades de crédito, a empresa passou a focar mais no Brasil. Prova disso são os investimentos de 5,42 bilhões de reais até 2012 destinados à melhoria das plantas, das fábricas e de pessoal.

O foco da companhia, segunda a presidente, será o investimento em tecnologia. "Vamos investir 6% em desenvolvimento e pesquisa", diz Denise. A montadora conta hoje com uma equipe de aproximadamente 1.200 engenheiros - com mais contratações previstas - para a fabricação de seus produtos.

Com isso, a GM espera reduzir os níveis de importação. "A venda de carros importados vem crescendo. É algo preocupante. Queremos produzir aqui e não podemos deixar a importação ser a saída mais fácil", diz Denise.

A forte demanda por caminhões ainda não tem uma estratégia definida pela GM do Brasil, apesar de a matriz ter investimentos em países latinoamericanos como Chile, Venezuela e Colômbia.

Carros conectados

Sobre o forte investimento em pesquisa e desenvolvimento, Denise disse que a montadora planeja criar carros que tenham conectividade. "Como os consumidores de hoje são jovens e muito ligados às redes sociais como Facebook e Twitter, queremos ter modelos que permitam acesso a esses recursos", diz.

"Queremos trabalhar com banda larga 4G nos veículos com sistemas que possibilitem uma interatividade entre os usuários", afirma ela. "Pretendemos ter um sistema que mostre os melhores lugares para comer ou sair em determinada região em que você está passando com seu carro. Tudo isso baseado na opinião de outros motoristas que enviam suas avaliações."
 

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