Após do início das demissões pela GM — feitas por e-mail no dia 21 de outubro — os metalúrgicos aprovaram, em assembleia, no domingo, a paralisação por tempo indeterminado (ren Yong/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 25 de outubro de 2023 às 18h02.
As demissões anunciadas pela General Motors (GM) nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, no último sábado, já atingem ao menos 800 funcionários da montadora. A Informação é do Sindicado dos Metalúrgicos de São José do Campos e Região, que junto com colaboradores de São Caetano e Mogi das Cruzes estão em greve desde segunda-feira, após anuncio das demissões coletivas.
Nesta quarta-feira, os metalúrgicos da GM fizeram um varal com cerca de cem uniformes de trabalho com mensagens em protesto aos desligamentos. As roupas foram penduradas na porta da unidade de São José dos Campos.
Procurada pelo GLOBO para prestar informações sobre os desligamentos e o número total de demissões, a General Motors não havia respondido até a publicação desta reportagem.
Após do início das demissões pela GM — feitas por e-mail no dia 21 de outubro — os metalúrgicos aprovaram, em assembleia, no domingo, a paralisação por tempo indeterminado.
Como mostrado pelo GLOBO, em nota conjunta, os sindicatos das três unidades dizem que apesar da montadora justificar os desligamentos em razão de queda das vendas, houve aumento de 18,18% nas vendas brasileiras entre abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os três sindicatos buscam negociação com a montadora, para reverter as demissões e garantir os postos de trabalho.
Com a greve, a fábrica de São José dos Campos deixa de produzir cerca de 150 carros por dia. A unidade produz os modelos S-10 e Trailblazer, motores e transmissão.