Trump: "Nossa estratégia continua sendo produzir ali onde vendemos, isso não mudou", disse Mary Ibarra, presidente da GM (Getty Images)
AFP
Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 19h34.
Duas empresas da indústria automotora, General Motors (GM) e Michelin, descartaram modificações em seus projetos no México, apesar das pressões do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para que os fabricantes deixem o território mexicano.
"Nossa estratégia continua sendo produzir ali onde vendemos, isso não mudou", disse Mary Ibarra, presidente da GM, a jornalistas na sede da GM em Detroit (Michigan, norte), onde acontece a 29ª edição do Salão do Automóvel.
Jean-Dominique Senard, presidente da fabricante de pneus francesa Michelin, disse que a empresa não está reconsiderando a nova fábrica no México.
"A decisão de construir a fábrica no México se deu há anos", disse Senard à AFP durante a feira. "Vamos estar onde estão nossos clientes, nosso negócio é global e não estamos reconsiderando (a presença no México)".
O grupo francês anunciou em julho planos para construir uma fábrica no centro de México, com um investimento de 450 milhões de euros.
A Michelin disse que a fábrica, localizada no estado de Guanajuato e que deverá ficar pronta até o final de 2018, produzirá de quatro a cinco milhões de pneus, de acordo com a crescente demanda no México e "as crescentes oportunidades no dinâmico mercado da América do Norte".