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Gasparino é eleito presidente do Conselho da Usiminas

O advogado Marcelo Gasparino foi eleito presidente do Conselho de Administração em assembleia de acionistas da Usiminas

Linha de produção da Usiminas: assembleia elegeu ainda como conselheiro o empresário Lírio Parisotto (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 08h42.

São Paulo -  O advogado Marcelo Gasparino foi eleito nesta segunda-feira presidente do Conselho de Administração da Usiminas em uma assembleia convocada por acionistas minoritários e que elegeu ainda como conselheiro o empresário Lírio Parisotto.

Gasparino concorreu sozinho, depois que uma candidatura de consenso proposta pelo grupo controlador Ternium foi vetada pela rival e também controladora da produtora de aços planos brasileira Nippon Steel, disse uma fonte próxima do assunto.

Gasparino vai substituir o atual presidente do Conselho Paulo Penido, alinhado à Nippon Steel e que seguirá sendo conselheiro da Usiminas.

Já Parisotto, que trabalha há anos com Gasparino em companhias como a empresa de energia Celesc, concorreu com Marco Bologna, presidente do Banco Fator e presidente do Conselho do grupo da companhia aérea brasileira TAM, afirmou a fonte.

Representantes da Ternium não se pronunciaram sobre o assunto. A Nippon Steel confirmou a eleição dos executivos na assembleia, mas não se pronunciou. Representantes de Parisotto, controlador da indústria petroquímica Videolar, e de Gasparino não puderam comentar o assunto de imediato.

Desde a criação da Usiminas em 1962 é a primeira vez que o presidente do Conselho da companhia não é eleito como indicação do grupo de controle da siderúrgica.

A assembleia iniciada no meio da tarde desta segunda-feira e concluída no fim da noite foi convocada após o racha entre Nippon Steel e Ternium no ano passado e que culminou com demissões do presidente e dois altos executivos da Usiminas no fim de setembro.

Desde então, os dois grupos travam batalha na Justiça em torno da gestão da siderúrgica, que encerrou 2014 com lucro de 208 milhões de reais ante resultado positivo de 17 milhões no ano anterior.

Em entrevista à Reuters na sexta-feira, Gasparino disse que os problemas da siderúrgica, que lida com o mercado interno fraco e excesso de oferta global de aço, se agravaram com a entrada da Ternium no grupo de controle da Usiminas no começo de 2012.

Porém, ele disse que não está alinhado com lado nenhum na disputa entre Ternium e Nippon, afirmando que "o interesse de todo o acionista é preservar e gerar valor para a empresa".

Gasparino teve os bens indisponíveis pela Justiça de Santa Catarina em um caso relacionado a um suposto desvio de recursos da Celesc, mas afirmou que já apresentou defesa que incluiu seus informes de Imposto de Renda.

O advogado foi indicado à presidência do Conselho da Usiminas pela gestora de recursos Tempo Capital e pelo fundo L. Par, de Parisotto.

*Texto atualizado às 22h32

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São Paulo -  O advogado Marcelo Gasparino foi eleito nesta segunda-feira presidente do Conselho de Administração da Usiminas em uma assembleia convocada por acionistas minoritários e que elegeu ainda como conselheiro o empresário Lírio Parisotto.

Gasparino concorreu sozinho, depois que uma candidatura de consenso proposta pelo grupo controlador Ternium foi vetada pela rival e também controladora da produtora de aços planos brasileira Nippon Steel, disse uma fonte próxima do assunto.

Gasparino vai substituir o atual presidente do Conselho Paulo Penido, alinhado à Nippon Steel e que seguirá sendo conselheiro da Usiminas.

Já Parisotto, que trabalha há anos com Gasparino em companhias como a empresa de energia Celesc, concorreu com Marco Bologna, presidente do Banco Fator e presidente do Conselho do grupo da companhia aérea brasileira TAM, afirmou a fonte.

Representantes da Ternium não se pronunciaram sobre o assunto. A Nippon Steel confirmou a eleição dos executivos na assembleia, mas não se pronunciou. Representantes de Parisotto, controlador da indústria petroquímica Videolar, e de Gasparino não puderam comentar o assunto de imediato.

Desde a criação da Usiminas em 1962 é a primeira vez que o presidente do Conselho da companhia não é eleito como indicação do grupo de controle da siderúrgica.

A assembleia iniciada no meio da tarde desta segunda-feira e concluída no fim da noite foi convocada após o racha entre Nippon Steel e Ternium no ano passado e que culminou com demissões do presidente e dois altos executivos da Usiminas no fim de setembro.

Desde então, os dois grupos travam batalha na Justiça em torno da gestão da siderúrgica, que encerrou 2014 com lucro de 208 milhões de reais ante resultado positivo de 17 milhões no ano anterior.

Em entrevista à Reuters na sexta-feira, Gasparino disse que os problemas da siderúrgica, que lida com o mercado interno fraco e excesso de oferta global de aço, se agravaram com a entrada da Ternium no grupo de controle da Usiminas no começo de 2012.

Porém, ele disse que não está alinhado com lado nenhum na disputa entre Ternium e Nippon, afirmando que "o interesse de todo o acionista é preservar e gerar valor para a empresa".

Gasparino teve os bens indisponíveis pela Justiça de Santa Catarina em um caso relacionado a um suposto desvio de recursos da Celesc, mas afirmou que já apresentou defesa que incluiu seus informes de Imposto de Renda.

O advogado foi indicado à presidência do Conselho da Usiminas pela gestora de recursos Tempo Capital e pelo fundo L. Par, de Parisotto.

*Texto atualizado às 22h32

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