Fundos de ações ASG: ações e fundos relacionados à sustentabilidade/governança aumentaram nos últimos anos segundo a Anbima (PM Images/Getty Images)
O número de fundos com o selo ESG – Environmental, Social and Governance (em português, Ambiental, Social e Governança) criado e concedido pela plataforma de investimentos Órama no começo de 2021 para seu portfólio triplicou seis meses após o lançamento da chancela. Hoje, são 12 os fundos com o selo.
Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama Investimentos, explica que o selo ESG dá destaque aos gestores que estão alinhados com uma agenda responsável. “Entendemos que esse compromisso pode resultar em ganhos adicionais no longo prazo”, afirma. “Nosso objetivo também é seguir estimulando outros fundos a adotarem práticas ESG, para que a lista cresça cada vez mais.”
A seleção dos fundos que recebem o selo é feita com base na avaliação de alguns critérios. É desejável que a gestora seja aderente ao PRI (Principles for Responsible Investment) e que as abordagens estejam dentro das definidas pelo GSIA (Global Sustainable Investment Alliance).
Ainda que tenha triplicado em seis meses, a quantidade de produtos com o selo ESG é baixa, levando em conta que a plataforma tem 650 fundos.
Os fundos de renda fixa com o selo ESG da Órama são:
Além desses, existem três de crédito privado:
Levantamento feito pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) a pedido da EXAME mostra que o número de fundos de ações ASG, aqueles classificados como sustentabilidade/governança, aumentaram nos últimos anos.
Em 2008, eram 27, passando para 33 em 2013 e 42 em junho de 2021. A captação líquida acumulada neste ano por esses fundos é de R$ 303, 8 milhões. Em 2020, os 38 fundos de ações ASG captaram R$ 688,5 milhões, segundo os dados da Anbima.