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Fundador do Pactual vai comandar a Laep

Luiz Cezar Fernandes vai substituir o empresário Marcus Elias na presidência da Laep Investments, dona da Parmalat e da grife Daslu

Marcus Elias, controlador do fundo Laep: a saída dele do comando foi confirmada pela empresa (Eduardo Knapp/EXAME.com)

Marcus Elias, controlador do fundo Laep: a saída dele do comando foi confirmada pela empresa (Eduardo Knapp/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 06h18.

São Paulo - O ex-banqueiro Luiz Cezar Fernandes vai substituir o empresário Marcus Elias na presidência da Laep Investments - dona da Parmalat e da grife Daslu. Nome conhecido no mercado financeiro, Fernandes foi fundador dos bancos Pactual e Garantia.

A saída de Marcus Elias do comando da Laep foi confirmada pela empresa, em comunicado ao mercado, no dia 15 de fevereiro. Na ocasião, a companhia não deu nenhuma explicação para o desligamento do empresário da presidência da Laep. Elias deixou uma carreira em bancos de investimentos para fundar a Laep em 1994.

A escolha do novo presidente da empresa foi confirmada pela assessoria de imprensa da Laep na noite de hoje. Fernandes foi um dos grandes nomes do mercado financeiro nos anos 80 e 90. Fez parte do grupo que criou o primeiro grande banco de investimentos brasileiro, o Garantia, e fundou o Pactual.

O ex-banqueiro ajudou a formar uma geração extremamente ambiciosa, cujo lema era ganhar o primeiro US$ 1 milhão antes dos 30 anos, e acabou vítima dessa turma. Deixou o Pactual pela porta dos fundos, expulso pelos sócios mais jovens, entre eles André Esteves, que hoje controla o BTG Pactual. Depois disso, Fernandes nunca mais foi o mesmo. Tentou vários negócios fora do mercado financeiro, mas fracassou em quase todos.

Na Laep, encontrará uma empresa acostumada a investir em negócios polêmicos, principalmente no setor de alimentos e bens de consumo. A empresa ganhou notoriedade ao comprar a Parmalat em 2006, quando ela estava em recuperação judicial. Na época, o aporte feito pela empresa foi de apenas R$ 20 milhões. A operação incluiu a venda da marca Batavo para a Perdigão por R$ 101 milhões.

No ano passado, a Laep voltou a chamar a atenção ao comprar a grife Daslu, que também estava em recuperação judicial, por R$ 65 milhões.

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