Funcionários da Lufthansa são convocados à greve de 24 horas
Os tripulantes devem paralisar suas atividades em todos os aeroportos nos quais opera a companhia aérea alemã, a maior da Europa
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2012 às 10h47.
Berlim - Os tripulantes de cabine da Lufthansa , com exceção dos pilotos, foram convocados para uma greve de 24 horas em todos os aeroportos nos quais opera a companhia aérea alemã, a maior da Europa, para exigir reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
O sindicato do setor, Ufo, anunciou a greve após terminarem as interrupções temporárias e seletivas efetuadas nos aeroportos de Frankfurt, Berlim e Munique, que causaram o cancelamento nesta terça-feira de mais de 300 voos e afetaram mais de 43 mil passageiros.
Os efeitos da greve de ontem se notam ainda nesta quarta-feira, já que a Lufthansa se viu obrigada a cancelar 20 voos com destino ou saída de Frankfurt e Munique, já os aviões não se encontram ainda em suas situações previstas.
O Ufo anunciou que a greve convocada para sexta-feira só será cancelada caso a direção da Lufthansa aceite a intervenção de um mediador independente.
A campanha de greves foi aberta na sexta-feira passada em Frankfurt com a Ufo acusando a patronal de 'arrogância', por não ter oferecido melhoras substanciais a sua oferta de partida.
Um porta-voz da Lufthansa, por sua vez, assinalou que a greve é desproporcional e atenta diretamente contra os interesses dos passageiros, principais prejudicados das medidas de protesto.
O primeiro dia da greve na sexta-feira passada, de oito horas de duração, provocou um caos em Frankfurt, onde a Lufthansa foi obrigada a cancelar cerca de 200 voos e a greve provocou numerosos atrasos em outros trechos, também em outras companhias.
Após três anos de congelamento salarial e 13 meses de negociações infrutíferas, o Ufo exige para o pessoal de cabine da Lufthansa aumentos salariais de 5% e o compromisso da mesma de não contratar pessoal externo.
O sindicato representa os interesses da maioria dos 19 mil tripulantes da Lufthansa e, por enquanto, não incluirá em suas interrupções os trabalhadores das filiais Cityline, Eurowings e Germanwings.