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Funcionários da Iberia concluem greve sem acordo

Não houve sinais de acordo sobre o plano de ajuste da empresa, que prevê 3.800 demissões


	Funcionários da Iberia protestam: o IAG anunciou na semana passada a eliminação de 3.800 postos de trabalho de um total de 20.000 da Iberia.
 (Dominique Faget/AFP)

Funcionários da Iberia protestam: o IAG anunciou na semana passada a eliminação de 3.800 postos de trabalho de um total de 20.000 da Iberia. (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 15h37.

Madri - Funcionários da companhia aérea espanhola Iberia encerraram nesta sexta-feira uma greve de uma semana que levou ao cancelamento de centenas de voos, sem sinais de acordo sobre o plano de ajuste da empresa, que prevê 3.800 demissões.

Os funcionários manifestaram no Terminal 4 do aeroporto de Madri, no último dia desta primeira rodada de greves, que se repetirá em 4-8 de março e 18-22 de março.

Os manifestantes carregavam cartazes com o lema "British go home", em referência à fusão da British Airways com a Iberia no consórcio IAG.

Protestos semelhantes ocorreram em outros aeroportos espanhóis.

Na segunda-feira os grevistas entraram em confronto com a polícia.

O IAG anunciou na semana passada a eliminação de 3.800 postos de trabalho de um total de 20.000 da Iberia.

A Iberia afirma ter acumulado 850 milhões de euros em dívidas entre 2008 e setembro de 2012, justificando, assim, um plano de ajuste que também prevê uma redução de 15% de sua capacidade este ano.

Os trabalhadores consideram que foram traídos e que a Iberia está sendo sacrificada em benefício de uma empresa estrangeira.

"A direção não quis negociar. Queremos que o governo interfira e anule a fusão da Iberia com a British Airways", declarou Silvia Navarro, uma aeromoça de 40 anos.

O governo nomeou na quinta-feira um mediador para tentar resolver o conflito.

Um porta-voz da Iberia disse nesta sexta que a greve levou ao cancelamento de 1.288 voos esta semana, a maioria deles com partida e chegada na Espanha e Europa.

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