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Funcionários da Eletrobras ameaçam manter a greve

Empregados questionam o desmantelamento do grupo e tentam assegurar o pagamento da participação dos lucros e resultados

Eletrobras: atualmente, apenas funcionários da área administrativa de todas as companhias do sistema Eletrobras participam da paralisação (Adriano Machado/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 18h35.

Rio - Os funcionários do sistema Eletrobras , que promovem uma paralisação de 48 horas desde a 0h desta quinta-feira, 24, ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado na próxima semana se não houver evolução nas conversas com a direção da estatal e o governo.

Os empregados questionam o desmantelamento do grupo e tentam assegurar o pagamento da participação dos lucros e resultados (PLR), apesar do prejuízo apurado pela holding federal em 2013.

"No próximo dia 30, o movimento sindical irá se reunir em Brasília para avaliar a situação. Se não houver reunião com a direção da empresa e com o governo, vamos votar um indicativo de greve por tempo indeterminado", afirmou o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) Emanuel Torres.

Até o momento, o sindicalista informou que não há nenhuma indicação de uma reunião com a empresa, apesar da "paralisação de advertência".

"O presidente (José da Costa Carvalho Neto) ainda não se manifestou sobre a paralisação", acrescentou.

Atualmente, apenas os funcionários da área administrativa de todas as companhias do sistema Eletrobras participam da paralisação.

Porém, Torres assegurou que a greve por tempo indeterminado também contará com a adesão dos empregados da área operacional.

Isso aconteceu no ano passado, quando os trabalhadores do grupo interromperam as suas atividades durante as discussões sobre o acordo coletivo 2013/2014.

No entanto, a greve não afetou o abastecimento de energia na ocasião.


A Eletrobras reportou um prejuízo líquido de R$ 6,287 bilhões em 2013. Em 2012, o resultado também foi negativo, em R$ 6,879 bilhões.

Entretanto, os funcionários argumentam que não podem ser punidos pelas perdas, sob o argumento de que o caixa da estatal estaria sendo prejudicado por decisões do governo e da direção da empresa - como a Medida Provisória (MP) 579, que estabeleceu as regras para a renovação das concessões que vencem entre 2015 e 2017.

O pagamento de participação nos lucros é referente aos resultados verificados no ano anterior.

Embora a estatal já tivesse registrado prejuízo em 2012, os funcionários conseguiram que a Eletrobras pagasse o PLR aos empregados no ano passado com base no princípio de cumprimento de metas.

Além disso, Torres lembrou que a Eletrobras, apesar das perdas, distribuiu R$ 868 milhões em dividendos aos acionistas referentes ao exercício de 2012 e pagará o mesmo valor relativo ao resultado de 2013.

O acordo coletivo dos funcionários do grupo estabelece que o PLR seja equivalente a 25% do valor dos dividendos de modo a pagar duas folhas salariais dos empregados da estatal.

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Os empregados questionam o desmantelamento do grupo e tentam assegurar o pagamento da participação dos lucros e resultados (PLR), apesar do prejuízo apurado pela holding federal em 2013.

"No próximo dia 30, o movimento sindical irá se reunir em Brasília para avaliar a situação. Se não houver reunião com a direção da empresa e com o governo, vamos votar um indicativo de greve por tempo indeterminado", afirmou o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) Emanuel Torres.

Até o momento, o sindicalista informou que não há nenhuma indicação de uma reunião com a empresa, apesar da "paralisação de advertência".

"O presidente (José da Costa Carvalho Neto) ainda não se manifestou sobre a paralisação", acrescentou.

Atualmente, apenas os funcionários da área administrativa de todas as companhias do sistema Eletrobras participam da paralisação.

Porém, Torres assegurou que a greve por tempo indeterminado também contará com a adesão dos empregados da área operacional.

Isso aconteceu no ano passado, quando os trabalhadores do grupo interromperam as suas atividades durante as discussões sobre o acordo coletivo 2013/2014.

No entanto, a greve não afetou o abastecimento de energia na ocasião.


A Eletrobras reportou um prejuízo líquido de R$ 6,287 bilhões em 2013. Em 2012, o resultado também foi negativo, em R$ 6,879 bilhões.

Entretanto, os funcionários argumentam que não podem ser punidos pelas perdas, sob o argumento de que o caixa da estatal estaria sendo prejudicado por decisões do governo e da direção da empresa - como a Medida Provisória (MP) 579, que estabeleceu as regras para a renovação das concessões que vencem entre 2015 e 2017.

O pagamento de participação nos lucros é referente aos resultados verificados no ano anterior.

Embora a estatal já tivesse registrado prejuízo em 2012, os funcionários conseguiram que a Eletrobras pagasse o PLR aos empregados no ano passado com base no princípio de cumprimento de metas.

Além disso, Torres lembrou que a Eletrobras, apesar das perdas, distribuiu R$ 868 milhões em dividendos aos acionistas referentes ao exercício de 2012 e pagará o mesmo valor relativo ao resultado de 2013.

O acordo coletivo dos funcionários do grupo estabelece que o PLR seja equivalente a 25% do valor dos dividendos de modo a pagar duas folhas salariais dos empregados da estatal.

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